Foto – ALEPE (Divulgação)
Em participação na manhã desta segunda-feira (23) no programa Rádio Debate, o deputado estadual pelo PSOL, Edilson Silva, falou sobre sua visita a Santa Cruz do Capibaribe, mais precisamente ao Hospital Municipal.
O deputado, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Alepe, esteve no município na última sexta-feira (20) e viu de perto o panorama de superlotação da unidade com doentes vítimas de sintomas associados ao surto de virose.
Durante a entrevista, o deputado citou que se viu preocupado com o problema e que a situação estaria para a unidade difícil mesmo com o trabalho, segundo ele, desempenhado esforçadamente pela atual equipe.
“A unidade hospitalar atendia, em média, 150 pessoas por dia. Os números que nos deram colocavam 750 pessoas por dia sendo atendidas, alguns óbitos… Uma situação que me pareceu de descontrole, mas pudemos observar a equipe que trabalha na ponta, se esforçando bastante para tentar minimizar o sofrimento da população” – disse.
Edilson destacou que a situação de surto não seria um problema da região, destacou a falta do larvicida por mais de 90 dias no município e que o tema deve sim visto com maior atenção por parte do Governo Estadual.
O deputado também frisou que o problema do surto, segundo ele, partiria também de falhas do Poder Público e da população, destacando que parte da culpa estaria associada a pessoas que não atuam no combate dos focos dentro de casa e, inclusive, defendendo a aplicação de leis mais severas.
“Vamos, do ponto de vista do legislativo, tentar construir condições para tentar erguer, no estado de Pernambuco pelo menos, uma legislação mais dura com aqueles que não contribuem com o controle desses mosquitos, que acabam sendo os transmissores desse tipo doenças, mas precisamos que os gestores públicos sejam responsabilizados para que isso não aconteça (novamente) no futuro” – disse.
Questionado pelo radialista Silvio José sobre possíveis falhas da prefeitura municipal e também dos governos Estadual e Federal no tocante a políticas de prevenção, o deputado foi taxativo:
“Se o Governo Federal ficou esse tempo todo sem fornecer esse larvicida, era para a Secretaria de Saúde do Governo do Estado colocar, no mínimo, a boca no trombone. Não podemos permitir que se balance os ombros e se dizer que não se pode fazer nada. Do mesmo jeito é a Prefeitura. Tem um conjunto de responsabilidade que vamos cobrar” – disse.
Edilson citou que, assim que chegasse ao Recife, se muniria de mais informações e procuraria o Ministério Público para que o Governo do Estado se posicione, de maneira mais incisiva, quanto ao surto.
“O Governo do Estado não deixa faltar dinheiro para a Arena da Copa. Nós, nesse sistema, já pagamos mais de R$ 60 milhões sendo pago para os serviços de algo que não é prioritário. O Governo do Estado já gastou esse ano mais de R$ 20 milhões com publicidade e tem mais de R$ 40 milhões para pagar… Isso é uma questão de compromisso, de responsabilidade. Então, como é que falta dinheiro para o larvicida e o fumacê?” – disse.
Finalizando a parte da entrevista relacionada a visita, o deputado citou que visitou outros municípios no sertão (Arcoverde e Custódia) e constatou que o quadro de superlotação nas unidades de saúde é semelhante a Santa Cruz.
Edilson defendeu para que números sejam mais apurados e frisou que um decreto de Estado de Emergência deveria ser baixado pelo Governador Paulo Câmara (PSB).
“É preciso que o Governo assuma isso e que se coloque um decreto de Estado de Emergência para que venha uma força federal, do SUS, para cá, para ajudar a população” – pontuou.
que pena esqueceran dos tecnicos de enfermagem,que tem uma sobre carca de trabalho aumentada sem direito a segurança (EPIS).