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O mês de maio começa agitado na cidade de Toritama. As vésperas do Festival do Jeans, evento que aquece a economia da região, a maior preocupação é a segurança no município. Em média, são oito assaltos registrados por dia em Toritama, mas esses números são muito maiores graças ao fato de boa parte das vítimas não levar as denúncias a polícia.
A crise na segurança pública do estado não poderia passar despercebida na Capital do Jeans. Mesmo com a recém-chegada de quatro motos da ROCAM e a noticia de que o município irá receber uma companhia de polícia da CIOSAC, a violência tem causado terror aos moradores.
Assaltos a estabelecimentos comerciais tem se tornado rotina e, na maioria das vezes, os marginais utilizam a mesma técnica: dois elementos chegam de moto, ambos de capacete, um desce e anuncia o assalto.
Na noite da última terça-feira (05), o alvo preterido pelos criminosos foram os estudantes que chegam das faculdades e cursos. Alguns alunos que moram no Loteamento de Antão tiveram seus celulares e pertences roubados quando caminhavam até suas residências.
Os alunos chegam por volta de 23h e são deixados no centro da cidade. A grande maioria mora em bairros distantes e muitos voltam para casa a pé, o que os tornam alvos fáceis para a prática de assaltos.
A exemplo de muitas cidades, o efetivo policial é pouco para demanda de um município como Toritama, que gera milhares de empregos e atrai a criminalidade.
Algumas medidas que poderiam ser tomadas pelo Poder Público municipal ainda não saíram do papel como a instalação de câmeras de monitoramento pelas principais ruas da cidade e a implantação da Guarda Municipal, ambos os projetos foram promessas de campanha da gestão atual.
Em conversas com a assessor de imprensa da Prefeitura, Marcos Camarão, o mesmo argumentou a demora na execução dos projetos citados que, segundo o mesmo, ocorre devido a falta de verbas para as prefeituras nos últimos anos.
“A segurança pública é uma prerrogativa dos governos Federal e Estadual que, há muito, não fazem a sua parte. Veja quantos postos da Polícia Rodoviária Federal foram fechados, ladrões andam pelas rodovias livremente.”, disse.
Sobre as Câmeras de monitoramento, o assessor respondeu que elas serão adquiridas em regime de parceria com o estado e a iniciativa privada, mas não deu previsão de quando as mesmas serão instaladas.
“A Associação de Comércio e Indústria de Toritama se comprometeu com 30 e o governo com 20. Estamos em fase de reunião com o comandante para saber qual melhor fornecedor que atenderia a nossa realidade para evitar gastos com equipamentos que não atinjam o objetivo desejado. Com certeza, o maior gargalho é a grana, as cidades estão passando talvez o pior momento dos últimos anos. Falta agua, falta segurança e faltam verbas federais”, frisou o assessor.
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Com informações de Evandro Balla, correspondente do Blog em Toritama.
