04
maio
Denúncias sobre funcionamento precário de Centro de Educação e Auditoria do TCE acirram debates na Câmara de Santa Cruz
Nesta quinta-feira (04) foi realizada mais uma sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe. Na sessão, quatro temas predominaram a pauta da maioria dos discursos:
1) O não cumprimento, mais uma vez, do prazo para entrega do novo Centro de Educação Infantil;
2) As críticas da Oposição quanto ao funcionamento, de forma improvisada, do atual Centro de Educação (no qual estudam crianças de 04 a 05 anos);
3) A anulação do edital de contratação do Coniape de profissionais na saúde e;
4) A auditoria do Tribunal de Contas, que identificou sobrepreço em valor de licitação para compra de medicamentos.
Desses quatro, os dois primeiros renderam os mais fortes discursos nas duas bancadas. Outro tema que também apareceu foi a questão da insegurança, onde falas foram motivadas com a repercussão do assassinato de Marcelo Torres da Silva (26 anos), ocorrido dia anterior no município.
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A maioria dos sete vereadores de oposição usou da tribuna para denunciar, segundo os mesmos, o funcionamento, de forma precária, do Centro de Educação Infantil Profa. Maria Bethânia.
Situado no bairro Nova Santa Cruz, o Centro de Educação foi alvo de uma visita da bancada na quarta-feira (03), que resultou em uma série de denúncias sobre como estaria funcionando o local.
Entre elas estariam: 50 alunos por sala de aula, calor excessivo, duas turmas por sala, banheiros interditados, fiações de energia expostas entre outros riscos. Falas de cinco vereadores podem ser destacadas:
“Enquanto se sobra dinheiro para contratar e babar o prefeito em rede social, com as crianças está se passando um filme de terror” – diz Carlinhos da Cohab (PTB).
“Se existia ventiladores era porque os professores compraram porque não aguentavam o calor. O certo era se colocar os alunos em outra condição. Tem que se interditar e fazer isso imediatamente” – frisou Ernesto (PT).
“Vão lá ver. Para se tapar o sol, está se usando um pano velho. Convido a todos da situação para que façam uma visita. A vereador Jessyca diz que somos frouxos, mas somos frouxos por que? Estamos defendendo a população” – pontuou Capilé (PTN).
“Alunos estão no corredor e, por incrível que pareça, é a melhor “sala” porque está quase ao ar livre” – destacou Augusto Maia (PTN).
“Santa Cruz tem terreno e não precisava um prefeito irresponsável pegar um prédio histórico, que fica entre a cracolândia e a rodoviária, que é um ponto de prostituição, e fazer aquilo. Mesmo se fosse entregue no prazo, não seria a contento, já que as salas parecem jaulas” – afirmou Marlos da Cohab (PTN).
Já sobre o não cumprimento do prazo para a entrega do novo Centro de Educação, a oposição alegou, entre outras críticas, que também estaria faltando material para conclusão das obras.
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Dentre os 10 vereadores da ala governista, apenas 04 deles resolveram se posicionar, de forma mais incisiva, a rebater as críticas e denúncias feitas pelos adversários. Os demais se pontuaram em outros temas ou trataram as denúncias com defesas mais superficiais.
Podem ser destacadas falas de Zé Minhoca (PSDB), Ronaldo Pacas (PR), Dr. Nanau (PSDB) e também Jessyca Cavalcanti (PTC), sendo esta última de forma ainda mais veemente.
“Mendonça Filho disponibilizou a verba necessária para a construção de uma escola (na Malhada do Meio) com 12 salas. Isso nos enche de orgulho. Enquanto o prefeito e vereadores foram destravar recursos (em Brasília), a Oposição fica buscando chifre em cabeça de cavalo” – disse Zé Minhoca.
“Sabemos que os problemas existem, mas temos certeza que vamos entregar (o novo prédio). Isso vai doer nas consciências, como foram o Calçadão (Miguel Arraes) e outras obras” – pontuou Ronaldo Pacas.
“Se o prefeito aluga uma casa grande, com certeza vocês também estariam criticando. Lá é um local provisório; o prefeito está tirando de um local para colocar em outro, que é definitivo. A cracolândia vai sair assim como o Terminal Rodoviário, como foi a antiga cadeia” – afirmou Dr. Nanau.
“O senhor (Ernesto Maia) é um hipócrita, nunca teve condição de falar sobre Educação e isso é uma realidade. Estamos tendo problemas que, num pequeno prazo, serão sanados. O problema apresentado aqui já está com a solução sendo feita e será concluída. Problema para mim, que a solução que está sendo resolvida, não é problema, porque se foi discutido com professores se funcionar em locais adaptados” – destacou.
E para fechar…
Toinho do Pará (PSB): Solicitou inclusão de moradores carentes das vilas de Poço Fundo e Pará fiquem entre os que poderão ser contemplados com casas populares anunciadas pelo prefeito Edson Vieira.
Helinho Aragão (PTB): Cobrou da prefeitura a conclusão da iluminação da via de acesso ao loteamento Malhada do Meio, assim como definição de um dia para coleta do lixo e presença de garis para limpeza das ruas da localidade.
Joab do Oscarzão (PSD): Cobrou para que ex-diretores e ex-presidentes do Ypiranga que, segundo o mesmo, estariam envolvidos com supostos atos de corrupção, sofram punição.
Deomedes Brito (PT): Cobrou para que Jessyca Cavalcanti tenha mais respeito com o tratamento dado a parlamentares de oposição. Jessyca chamou adversários de “hipócritas” e “frouxos” ao se referir as novas denúncias contra o governo Vieira.
Augusto Maia (PTN): cobrou para que sua bancada e os demais vereadores assinem documento de Zé Minhoca (PSDB) para negar apoio e voto a deputados e senadores que se mostrarem favoráveis a Reforma da Previdência. O mesmo afirmou que já solicitou o documento para por sua assinatura.
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