06
agosto

Denúncia de descaso na educação


Alunos do supletivo Prefeitura / SESI em Santa Cruz do Capibaribe temem prejuízos pela demora do início das aulas


Foto: Thonny Hill.

No final da manhã desta quinta-feira (06) estudantes de Santa Cruz do Capibaribe, que fazem parte do Supletivo da Prefeitura / SESI, visitaram a nossa redação.

 

O objetivo da visita foi de trazer uma denúncia do atraso, por parte da Secretaria de Educação do município, em dar início as aulas do segundo semestre.

 

De acordo com a denúncia, cerca de 200 estudantes matriculados nos níveis Fundamental e Médio já deveriam ter começado suas aulas desde o dia 29 de julho.

 

O temor dos estudantes tem uma explicação: no primeiro semestre deste ano, os mesmos tiveram cerca de um mês a menos de conteúdo em virtude do mesmo motivo: o atraso do início das aulas.

 

O que alegam os estudantes:

 

As aulas ministradas pelo supletivo do SESI, segundo os estudantes, funcionam em regime de parceria com a Prefeitura, onde a mesma faz o pagamento a instituição para que, assim, as aulas sejam oferecidas de graça aos alunos.

 

Segundo eles, o motivo para o atraso é que a prefeitura não teria pago a contrapartida da parceria com o SESI e que, inclusive, os meses de abril, maio e junho estariam em atraso.

 

Os estudantes também alegaram que na última quinta-feira (30), o secretário de Educação do município, Joselito Pedro, teria dito no programa institucional de rádio promovido pela prefeitura, que as aulas começariam na última segunda-feira (03), mas até agora nada aconteceu.

 

“Os responsáveis não nos dão nenhuma alegação para o atraso das aulas. Ficam sempre dizendo: “Segunda vai voltar, quarta vai voltar…”. Enquanto tiver segundas e quartas-feiras em 2015, vamos estar na porta do colégio esperando para ter aula, mas até agora nada. Tenho o sonho de ser veterinário, estou estudando para recuperar o tempo perdido e essa parceria com o Poder Público resulta em um ensino de qualidade que é oferecido a gente.” – disse Patrício da Silva Macedo, estudante do nível fundamental, que retomou seus estudos após 16 anos.

 

“Em fevereiro, simplesmente perdemos as nossas aulas, pois não tem como repor. É lógico que um mês de a menos de aulas faz muita diferença e esse tempo que já estamos perdendo agora, não é reposto. Perdemos e ponto; fica menos tempo para aprender. Quem aprendeu, bem, mas quem não aprendeu… Fica prejudicado.”, – pontuou Edinete Ferreira de Assunção, estudante do nível fundamental.

 

Para esta quinta-feira, os estudantes farão duas mobilizações. A primeira delas será falar com os vereadores na reunião ordinária desta tarde e a segunda será um protesto em frente à Escola Municipal Profa. Ivone Gonçalves, local onde as aulas são ministradas.

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