14
setembro

Debate quente na Polo FM


Demora na implantação de CPIs e suposto mensalinho acirra ânimos entre Dimas Dantas e Afrânio Marques

Dimas X AfrânioFotos: Thonny Hill

Na manhã desta segunda-feira (14) aconteceu o aguardado debate entre o presidente da Câmara de Vereadores, Afrânio Marques (PDT), e o vice-prefeito, Dimas Dantas (PP).

 

O debate foi marcado após a troca de acusações e denúncias que aconteceram no mesmo programa na última quinta-feira (10).

 

Os principais pontos abordados foram a não instalação dos dois pedidos de CPIs que tramitam na Casa (Distribuição de pontos no Calçadão e Licitação para o fornecimento de Coffee-Breaks) e a declaração do vereador sobre um suposto mensalinho.

 

Não instalação das CPIs

 

“O senhor está lambendo as botas dos Vieiras” – ataca Dimas Dantas

Dimas Dantas na Polo FM.

Os dois voltaram a trocar acusações. De um lado, Dimas Dantas diz que presidente está “enrolando” para que a CPI não seja realizada e que haveria um suposto acordo entre ele e o prefeito Edson Vieira (PSDB) para que as CPIs não fossem postas.

 

Além disso, Dimas afirmou que o argumento que o presidente usa, de que os pedidos serão votados quando chegarem aos seus respectivos números nos requerimentos que tramitam na Casa, não teria valor dada a importância das denúncias.

 

Dimas chegou a dizer que Afrânio estaria “lambendo” as botas do prefeito em virtude desse acordo e que seus votos para que outras CPIs que foram engavetadas teriam lhe rendido o atual posto na Câmara.

 

“Vejo que o senhor não está só se dobrando; o senhor está lambendo as botas dos Vieiras; coisa que eu não fiz” e completou: “A CPI, com base no que dissemos no palanque, e que o senhor também dizia e como todos que estavam lá diziam, que não teríamos medo de CPI nenhuma. O senhor justifica sua votação contra a CPI da festa da primeira dama (Alessandra Vieira), com a armação que foi feita, o senhor justifica que o voto foi político” – concluiu.

 

“Ele se curvou aos Maias” – dispara Afrânio Marques

Afrânio Marques na Polo FM.

Já Afrânio rebateu, citando que está seguindo o que diz o regimento e que continuará com a ordem de votações dos pedidos que já tramitam até a chegada dos pedidos.

 

Afrânio também citou que Dimas estaria fazendo pré-julgamento do caso, já que o próprio disse que o parecer jurídico que deve ser pedido por Afrânio teria como resposta a ilegalidade, para que os pedidos de CPI não sejam aceitos.

 

O presidente foi mais além e acusou Dimas de ser conivente já que, quando o vice-prefeito esteve à frente da presidência da Câmara em 2005, não teria aceito denúncia do Sindicato dos Professores sobre supostas irregularidades na merenda, no transporte escolar, na capacitação de professores e contra a faculdade CESAC, pertencente na época a família do vereador Ernesto Maia (PSL).

 

Afrânio chegou a apresentar uma cópia das denúncias feitas a época e que tem, inclusive, uma rubrica do vice-prefeito.

 

Documento com assinatura de Dimas Dantas.

“Ele se curvou aos Maias quando mudou para o lado de José Augusto Maia” – disse, fazendo em seguida um desafio a Dimas. “Me mostre os documentos de sua investigação e mostre o encaminhamento destas denúncias. Eu vejo que o senhor faz o seguinte: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço e isso tem um nome: se chama contradição. Diz uma coisa e faz outras… Quando teve a oportunidade de fazer (as investigações), não fez” – disse.

 

Afrânio afirmou que Dimas teria ganhado a presidência da Câmara como moeda de troca para passar a dar apoio ao governo de José Augusto Maia.

 

Suposto mensalinho

 

“O senhor já recebeu mensalinho?” – questiona Afrânio

 

Afrânio foi, mais uma vez, questionado pelo radialista Silvio José se Dimas Dantas teria recebido um suposto mensalinho.

 

Afrânio sinalizou na última quinta-feira que esse “mensalinho” teria como foco uma Lei proposta por Dimas e que teria prejudicado o município em torno das doações, supostamente irregulares, de terrenos públicos durante o Governo Aragãozinho.

 

Afrânio afirmou na última quinta-feira que teria recebido informações de algumas pessoas de que tal esquema poderia ter acontecido na Câmara. Questionado, ele respondeu não tinha citado o nome de Dimas, mas devolveu a pergunta ao vice-prefeito.

“Você já ouviu falar que houve, como algumas pessoas chegaram para mim, dizendo que tinha um mensalinho. O senhor já recebeu mensalinho? O senhor diga que sim ou que não” – disse.

 

“Eu só lamento a fraqueza de Afrânio” – dispara Dimas

 

Respondendo Afrânio, Dimas Dantas citou que, com as declarações do vereador, não só ele (o vice-prefeito), mas outros vereadores, haviam recebido dinheiro para compactuar com esse suposto acordo em torno das polêmicas doações de terrenos públicos.

 

Dimas citou que nunca teria recebido dinheiro, frisou que seu patrimônio não teria sido construído com dinheiro público, chamou Afrânio de fraco e fez um desafio.

 

“Eu só lamento a fraqueza de Afrânio porque, na quinta-feira passada, ele deixou claro, implicitamente, que eu e os demais vereadores… Porque não seria eu e que a Câmara ficaria em cheque. Eu acho que quem tem que explicar é o senhor e não eu. Estou esperando o que o senhor diga para que eu tome minhas providências” – disse.

 

Dimas completou que, quando fora acusado por formação de uma empresa laranja que teria prestado serviços no governo de Toinho do Pará (PHS), foi ao Ministério Público para colocar o sigilo bancário e telefônico a disposição.

 

O caso rendeu uma nota de retratação pelos Ernesto Maia (PSL), Galego de Mourinha (PTB), Deomedes Brito (PT) e Dr. Nanau, porque nada foi provado.

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