01
agosto

Culpa de quem? Possível paralisação na saúde de Santa Cruz é tema principal de sessão


Clima esquentou no final, com ‘bate boca’ entre vereadores

Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe retornaram às Sessões Ordinárias na tarde desta quinta-feira (01). Com os 17 parlamentares em plenário, o foco principal foi o projeto de Suplementação reprovado na ultima terça (30), causando polêmica desde então.

O texto pedia o remanejamento em cerca de R$ 7 milhões para área da saúde. Após intensas discussões que se estenderam por semanas, em comissões e no plenário, o projeto foi modificado e reprovado. Apenas Júnior Gomes, Ronaldo Pacas e Toinho do Pará votaram favoráveis.

Na polêmica votação, a bancada aliada ao prefeito Edson Vieira se absteve, alegando irregularidades em uma emenda apresentada por Júnior Gomes, que modificou o texto e deixou o remanejamento em aproximadamente R$ 5 milhões. A bancada governista entendia que o projeto deveria ser aprovado em sua integralidade.

De acordo com o presidente da Câmara, Augusto Maia, a emenda posta não é inconstitucional e não removia nenhuma verba solicitada pela prefeitura para investimentos em PSF’s, UPA, Hospital municipal ou Samu.

Durante a sessão desta quinta, por várias vezes, o presidente questionou os adversários ‘qual o serviço seria prejudicado, caso o projeto fosse aprovado com a emenda apresentada’. Ele lembrou que os três votos oposicionistas mais os seis da situação seriam suficientes para aprovação do projeto e que ele daria o voto de minerva favorável, caso necessitasse.

Tribuna

O assunto foi o tema central da grande maioria dos discursos. Atualmente minoria na Casa Dr. José Vieira de Araújo, Situacionistas apontam o que classificam de ‘truculência’ e manobras dos adversários, para supostamente prejudicar a administração municipal.

“Isso está acontecendo por manobra política da oposição”, afirmou o vereador Nailson Ramos.

“O maior desejo da oposição é que a administração não ande, não evolua, não cresça […] Não se faz política, se faz politicagem”, pontuou Zezin Buxin.

A líder de governo, Jéssyca Cavalcanti, foi ainda mais ríspida nas palavras.

“Essa Casa me envergonha”, disse e completou pouco tempo depois “Homens que só pensam em tirar Edson da prefeitura, uma vontade grande e inexplicável”.

Ela ainda lembrou os fortes embates durante o trâmite do projeto. Em uma das ocasiões, deixou a reunião com o secretário Dr. Nanau, afirmando ter sido humilhada por Júnior Gomes.

Ao falar que a emenda posta era inconstitucional, Jéssyca acrescentou que isso aconteceu em vários projetos, sem que ela soubesse e solicitou verbalmente uma ‘melhor assessoria jurídica’ para Câmara.

Resposta

Ao rebater as críticas, oposicionistas que votaram contra o projeto, afirmam que não é por causa da suplementação que a saúde municipal está mal.

Joab enfatizou que, há meses, denuncia falta de lençóis e medicamentos básicos em PSF’s. Carlinhos da Cohab suspeita do projeto classificando de ‘mal assombrado’, quando nem mesmo a base governista quis aprovar e Ernesto Maia entende que o prefeito recomendou abstenção por ‘birra política’ para supostamente não favorecer Júnior Gomes, em virtude da polêmica emenda.

“Se abstiveram a mando do prefeito para rejeitar e prejudicar população. Acho até que a intenção principal é prejudicar o secretário, que nunca teve a confiança para o cargo”, suspeitou Júnior Gomes.

Já o vereador Capilé argumentou ter votado contra porque, em um dos trechos, o projeto solicitava mais de R$ 1milhão de ‘restos a pagar’, mas sem especificar quais as dívidas da prefeitura. Para ele, a prefeitura deveria enviar outro projeto apenas com essas medidas especificando as dívidas.

“Não vou dar um cheque em branco para prefeitura”, disse.

Clima quente – Ao término da sessão, o vereador Joab chegou a bater boca com Irmão Val. O oposicionista repreendeu fala do adversário, enquanto este terminava o uso da tribuna.

“Tenha vergonha na sua cara. Dizer que a saúde é boa, por que você não usa a UPA. Tenha vergonha na sua cara, contar uma piada dessa, tenha vergonha”, repetiu Joab.

Delicado – Durante a semana, o secretário de saúde, Dr. Nanau, afirmou que existe a possibilidade de fechamento de Postos de Saúde da Família (PSF’s) por falta de insumos e medicamentos. Ele também não descartou possíveis dificuldades na continuidade dos serviços na UPA e Samu.

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