04
março

CPI do Calçadão prossegue na Câmara


CPI do Calçadão prossegue na Câmara e mais dois novos nomes são citados a prestar esclarecimentos

 

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Fotos: Thonny Hill.

 

Na manhã desta sexta-feira (04) foi realizada mais uma etapa da CPI do Calçadão.

 

As investigações foram divididas em duas fases: suposta falsificação de documentos e supostas irregularidades de favorecimento político com pontos comerciais.

 

Relacionada a essa primeira fase, duas testemunhas haviam sido convocadas na reunião anterior para prestar esclarecimentos: os feirantes Kelves Murilo Ferreira de Lima e Sonildo Jacinto de Lima.

 

Relembre

 

Entre os feirantes havia um problema de duplicidade de alvarás e nesses casos onde o mesmo ponto de venda aparece no cadastro de duas pessoas, normalmente o feirante que fez a cadastro primeiro teria direito a permanecer no local.

 

A denúncia de suposta de falsificação de documentos partiu de Kelves, que apresentou documentos da prefeitura afirmando que teria sido cadastrado em 12 de setembro de 2014, quando ainda comercializava no antigo poeirão.

 

Já em outros documentos apresentados pela prefeitura, a data do cadastro seria de 25 de setembro onde esses 13 dias de diferença colocariam outro feirante, que seria sobrinho de Sonildo, como sendo o contemplado a ficar no local em disputa.

 

Ainda de acordo com a denúncia de Kelves, essa pessoa citada seria correligionário do prefeito Edson Vieira (PSDB).

 

A situação atual

 

Apenas o primeiro deles foi localizado e compareceu à sessão de hoje, respondendo às perguntas dos vereadores a frente da CPI.

 

Os momentos de silêncio da testemunha

 

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Durante os questionamentos, Kelves respondeu a maioria das perguntas, mas se manteve em silencio em dois pontos.

 

A primeira rodada de perguntas foi feita por Ernesto Maia. Questionado se teve algum problema quanto a localização de seu box, Kelves respondeu que sim, mas depois se manteve calado quando foi questionado a dar detalhes de como tudo o que aconteceu.

 

A segunda rodada foi feita por Luciano Bezerra. Quando questionado sobre o problema da localização de seu box, já que o mesmo tinha alvará em duplicidade com outro feirante, Kelves respondeu que a questão foi solucionada em forma de conciliação com Sonildo, ficando no local que, segundo ele, tinha direito.

 

Questionado se essa forma de conciliação teve alguma resistência por parte do município, Kelves optou em não responder.

 

Os questionamentos respondidos e novos nomes citados

 

A maioria das perguntas respondidas foram relacionadas ao caso de duplicidade de pontos no qual ele estava inserido, mas alguns relatos chamaram a atenção.

 

Questionado por Ernesto se a pendência relacionada a duplicidade seria com o próprio Sonildo, Kelves citou que não, citando o nome de outra pessoa.

 

“O nome completo era José Henrique de Lima, que era sobrinho de Sonildo” – disse.

 

O nome gerou dúvidas, já que nos documentos que foram apresentados nos autos, no nome não constava, mas sim o de Sonildo e outras pessoas. Ernesto solicitou ao presidente Zé Minhoca que José Henrique fosse convocado a dar esclarecimentos.

 

Kelves também foi questionado se, durante esse problema de duplicidade, se ele teria sido procurado por alguém ligado a prefeitura para que ele saísse do box, ele respondeu.

 

“Foi Sérgio Colino (diretor de Feiras e Mercados na época). O argumento que ele dizia é que aquele não era o meu ponto, que eu saísse que, senão, minha mercadoria seria apreendida”.

 

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Questionado se houve alguma informação por parte de Sérgio Colino ou dos Guardas Municipais que eles estavam lá a pedido do gabinete do prefeito, Kelves respondeu que sim e foi mais além.

 

“No dia que Sérgio Colino foi lá com os Guardas Municipais, chegaram com um papel dizendo que era da prefeitura, mas não estava assinado por ninguém. Relatei isso aos GCMs. Dois deles se recusaram a tirar minha mercadoria, mas três retiraram” – disse.

 

A mesma resposta foi confirmada ao vereador Luciano Bezerra, que questionou Kelves se haveria algum nome no documento, mesmo sem assinatura.

 

Kelves confirmou que sim, mas citou que não recordava de quem seria o nome presente em tal documento.

 

Outro fato também chamou a atenção, desta vez quanto a localização em que o mesmo deveria ficar segundo a prefeitura.

 

De acordo com Kelves, o ponto que ele deveria ter direito ficava na Rua B (Banco 92, Setor Branco), mas que com o caso de duplicidade, seria remanejado para o final do setor verde.

 

O problema, segundo Kelves, é que o box no qual seria posto no outro setor também estaria no nome de José Henrique.

 

“Ele estava na minha e na que me colocaram para eu ir” – disse.

 

Parte dos documentos do primeiro cadastro de feirantes feito em 2014.

Parte dos documentos do primeiro cadastro de feirantes feito em 2014.

 

As novas convocações de testemunhas

 

Diante de tudo o que foi alegado, novas pessoas devem ser ouvidas a partir da semana que vem. São eles: José Henrique de Lima e o ex-diretor de Feiras e Mercados, Sérgio Colino.

 

As novas ouvidas serão realizadas na próxima sexta-feira (11) e, durante a semana, a comissão irá analisar documentos com  parte do primeiro cadastro realizado pela Prefeitura Municipal aos feirantes do antigo poeirão.

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