Expectativa é que o delegado Dr. Erick Lessa, que está a frente das investigações, possa revelar novas gravações que incriminem ainda mais os vereadores envolvidos no escândalo. Foto: Augusto Cataldi (Arquivo)Está marcada para esta sexta-feira (14) na Delegacia Seccional de Caruaru, no Bairro Boa Vista, a apresentação do inquérito policial da Operação Ponto Final 2, que resultou na prisão de vereadores acusados de venderem assinaturas para instauração e posterior arquivamento de uma CPI.
O caso, que ganhou repercussão, nacional, ganhou ares de filmes de perseguição policial, inclusive com um dos envolvidos, o vereador Val de Cachoeira Seca (DEM) chegando a abandonar seu veículo se embrenhar em um matagal para não ser preso.
Outros dois vereadores que estavam foragidos, Pastor Jadiel (PROS) e Neto (PMN) chegaram, junto com Val, a estampar cartazes de procurados pelo Disque Denúncia, onde chegou a ser oferecida uma recompensa de R$ 2 mil pela captura dos fujões.
A expectativa agora é que, com a revelação do inquérito, que será feito em uma coletiva a ser realizada às 8h, novas gravações do esquema sejam reveladas para a imprensa e população daquele município, que vive, segundo analistas, o pior momento político dos últimos anos.
A Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Caruaru irá abrir um processo disciplinar para avaliar a atitude dos dez vereadores envolvidos no esquema de propina.
As investigações deverão durar 30 dias, podendo ser prorrogadas por mais 30. Dependendo do que for apurado, o processo de cassação dos vereadores Joseval (DEM), Cecílio Pedro (PTB), Sivaldo Oliveira (PP), Jajá (sem partido), Louro do Juá (DEM), Neto (PMN), Val das Rendeiras (PROS),Pastor Jadiel (PROS), Evandro Silva (PMDB) e Eduardo Cantarelli (SDD) poderá ser aberto.
A defesa dos envolvidos continua a tentar reaver os mandatos na Justiça.
* Com informações do blog do Mário Flávio.
