09
março

Edilson Tavares fala pela primeira vez após denúncia de ex-secretária que acusou primeira-dama de uma suposta “rachadinha”, em Toritama

Na noite desta terça-feira (08), o prefeito de Toritama, Edilson Tavares, falou pela primeira vez após matéria publicada no Jornal do Commercio, no último final de semana, em relação a uma denúncia feita pela ex-secretária executiva da prefeitura, Aislany Silva, que abriu notícia crime denunciando uma suposta prática de rachadinha pela esposa do prefeito, a secretária de assistência social, Elaine Tavares.

Na denúncia, a ex-secretária executiva alegou que teria sido obrigada, mensalmente, a repassar cerca de 30% do seu salário à conta bancária pessoal de Elaine Tavares, e que caso não realizasse a transferência, diz ela na peça da acusação, que poderia perder o cargo comissionado.

Durante a entrevista, o prefeito Edilson Tavares afirmou que a atitude da ex-secretária executiva, se tratou de um inconformismo e citou que ela estaria passando por problemas de saúde, pois segundo o gestor, a família teria uma carta afirmando que há dois anos, Aislany Silva faz tratamentos psiquiátricos.

“A denúncia partiu de uma jovem, que por um ato de inconformidade por sua exoneração, se sentiu um pouco triste e fez denúncia de uma suposta rachadinha. A gente vê assim com uma certa tristeza, conhecemos ela de um certo tempo, uma pessoa que foi praticamente criada na nossa casa, quase 20 anos esteve conosco e por razões que acreditamos que seja de saúde, tenha levado ela a ter esse tipo de comportamento” – pontuou.

O prefeito falou sobre as denúncias da ex-secretária, a qual revelou que teria procurado a Caixa Econômica Federal para obter extratos bancários, que afirmou na ação que “enfrentamos obstáculos impostos por funcionários da Caixa Econômica Federal”.

“Ela se contradiz em dois itens: quando ela afirma que a Caixa Econômica colocou obstáculos e que funcionários se negaram a ceder os extratos para ela, e a Caixa na segunda pela manhã se pronunciou dizendo que não foi procurada e que não tinha nenhum registro ou solicitação de extratos por ela feitos. E contradiz também quando diz que os valores da suposta rachadinha variavam de acordo com as gratificações; a prefeitura não paga gratificação a funcionários de cargos comissionados” – frisou.

O prefeito Edilson Tavares foi questionado se houveram transações financeiras que justificasse as movimentações envolvendo as contas bancárias da ex-secretária, Aislany Silva e da secretária de assistência social, Elaine Tavares.

“Cuidamos da Aislany como se fosse uma filha, comprávamos sempre algo para minha filha e para ela, até o ponto da nossa filha reclamar que dávamos tratamento carinhoso a Aislany (…) quanto as movimentações, tem um valor R$ 640 que foi comprado uma roupa, outro valor se não me engano em 2020 houveram dois valores de R$ 1.980 que foram perfumes, pois a minha esposa comprou e depois a Aislany pagou. Mas a denúncia não são desses valores de R$ 640 ou R$ 1.980, é que ela diz que foi obrigada a transferir 30% do seu valor do salário a título de rachadinha com a secretária” – respondeu.

Edilson Tavares destacou que ainda não foi notificado, e ressaltou que de forma voluntária se colocou “a disposição de qualquer órgão de controle, autoridade competente para a quebra de sigilos bancários ou telefônicos” – disse o gestor.

A entrevista foi concedida ao jornalista Ney Lima, e será veiculada na íntegra na noite desta quarta-feira (09) durante a edição do Programa Independente, pelo Santa Cruz Online, a partir das 19h.