Em entrevistas realizadas na última sexta-feira (16) no programa Estúdio 1, da Polo FM, representantes da Compesa estiveram presentes e deram, segundo eles, o panorama da empresa sobre como está a situação de fornecimento de água em Santa Cruz do Capibaribe e região.
De acordo com os entrevistados, a situação dos municípios é gravíssima e que Santa Cruz do Capibaribe só recebe água apenas a barragem de Jucazinho.
Atualmente, a vazão destinada a Capital da Moda está em 120 metros cúbicos de água por segundo de segunda a sexta-feira, muito abaixo da necessidade do município e, em contraponto, a barragem, que abastece 15 cidades, seca cada vez mais.
Na primeira parte da entrevista, George Ramos, coordenador técnico da Gerência Auto Capibaribe, afirmou que a barragem de Jucazinho teria condições de abastecer os municípios por mais de um ano, isso com a implantação de políticas mais severas de racionamento.
O próprio coordenador chegou a enfatizar que dados apresentados pelo Gestor de Meio Ambiente do município, Pablo Ricardo (de que a barragem duraria apenas 45 dias, segundo a APAC) e os do blogueiro Magno Martins (que ela duraria apenas 90 dias) não procediam, mas no decorrer da entrevista, se contradisse em relação a sua opinião inicial.
“Tudo depende do volume (de água) que está sendo retirado. Isso está sendo monitorado diariamente. É especulação (prever prazos)”, reconhecendo que o problema de Jucazinho é muito grave.
Atualmente a barragem tem apenas 14% de seu volume, o que equivale a pouco mais de 45 milhões de metros cúbicos.
Durante a entrevista, George também enfatizou que há possibilidade de Santa Cruz do Capibaribe ser abastecida pela Adutora do Agreste, mas citou que isso ainda não é garantido.
Atualmente, está em curso antecipar o abastecimento a algumas cidades com água vinda através de poços artesianos profundos, previstos para serem perfurados em cidades sertanejas, mas a vinda de água para a Capital da Moda depende de alguns fatores.
“Isso virá para as cidades que estão em situação mais crítica e possa ser que Santa Cruz entre, como também possa ser que Santa Cruz não vai entrar. Deus permita que ela não se atinja a esse nível de criticidade e que tenha que vir essa água do sertão para cá rápido. Esperamos conseguir trabalhar com o volume que temos”, frisou.
De acordo com Luiz Felipe de Sousa Pinto, coordenador regional da empresa, apenas 10 caminhões estão disponíveis para atender o cidadão e falou sobre a demora da empresa em prestar esse serviço.
“Como a demanda aumentou, estamos atendendo a clientes que solicitam o carro-pipa há 30 dias. Estamos estudando o aumento na quantidade de carros-pipa aqui para Santa Cruz. Hoje contamos com dez e vamos aumentar para 12”, frisou.
Vale ressaltar que, por dia, chegam várias denúncias de usuários da Compesa que relatam que solicitaram os caminhões-pipa há mais de 60, 70 dias e que, até o momento, não foram atendidos.
EU SÓ QUERIA QUE O GOVERNO PRIVATIZASSE A COMPESA