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Editorial

Câmara de Vereadores: Um Poder Omisso

Presidente da Câmara usa tramitação de ação judicial como desculpa para impedir Câmara de investigar escândalo da KMC

 

 

 

O presidente da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, Júnior Gomes (PSB), encontrou uma desculpa para engavetar o pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que pretendia apurar os contratos da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe com a KMC Locadora, empresa supostamente fantasma cujos sócios estavam lotados no gabinete do deputado estadual Diogo Moraes (PSB).

 

O presidente utiliza o argumento que só decidirá pela instalação da CPI mediante o julgamento do mérito de uma ação judicial impetrada pelo vereador Carlinhos da Cohab (PSL) que pede justamente celeridade na abertura da CPI, que inclusive já dispõe das assinaturas necessárias para sua instalação.

 

E a soberania do Poder Legislativo?

 

Os atos do vereador Júnior Gomes “põe em xeque” a essência do Poder Legislativo e impede que os parlamentares cumpram com o sagrado papel de fiscalizar o Poder Executivo. É uma profunda aberração imaginar que o Poder Legislativo possa estar submisso as decisões do Poder Judiciário para cumprir com seu papel.

 

É importante frisar que a negativa da justiça em conceder liminar para obrigar o presidente a abrir a CPI se deu pela ausência de informações no processo, o que não significa que a Câmara esteja impedida de iniciar os trabalhos da CPI.

 

 

Manobra do presidente para impedir investigações pode colocar em descrédito toda a Casa de Lei

 

A manobra do presidente Júnior Gomes pode comprometer a história dos demais vereadores que hoje compõe a Casa de Lei.

 

Surpreende saber que vereadores que hoje se omitem são os mesmos que em governos anteriores subiam à tribuna para cobrar transparência, investigação e justiça em escândalos parecidos.

 

Torna-se claro que muitas vezes na política os interesses partidários superam não apenas os interesses pela defesa da população, mas também a ética do próprio indivíduo.

 

Quando o poder político se alterna a ética sai pelo ralo e as máscaras caem.

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