Fotos: Arquivo
Nesta sexta-feira (30) o blog entrou em contato com vereadores de Oposição em Santa Cruz. O tema é o posicionamento de cada um após a votação favorável do senador Armando Monteiro (PTB) ao texto sobre a reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
O texto foi votado e aprovado na última quarta-feira (28) após mais de 14 horas de sessão, recebendo 26 votos. O senador é o único de Pernambuco a estar entre os titulares. A pergunta feita aos vereadores foi a seguinte:
“Bom dia vereador, sendo claro e direto. Como o senador Armando votou favorável a reforma trabalhista na CCJ, como vai ficar seu apoio para o mesmo nas próximas eleições, já que há a possibilidade de que o voto seja repetido também no plenário do Senado?”.
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Confira algumas das respostas:
“Minha posição já foi demostrada. Não voto em quem votar contra os trabalhadores” – Ernesto Maia (PT)
“2018 só deve ser debatido em 2018. Por hora estou focado no meu primeiro ano de mandato e tanto para Governador, Senador e Deputado Federal, é uma discussão que deve ser feita no momento oportuno. Adianto apoiar o que for melhor para o trabalhador e para o povo” – Marlos da Cohab (PTN, através de sua assessoria)
“Vamos ver a votação no plenário e caso ele manter, vamos rever a nosso voto também” – Capilé (PTN)
“Vou aguardar a votação em plenário para me posicionar” – Deomedes Brito (PT)
“Sou contrário a essa atitude do senador, mas caso o mesmo seja o candidato ao governo do estado ano que vem, vou estar com ele. Venho afirmando isso, pois prefiro um aliado eleito que possa fazer algo pelo povo de Pernambuco do que apoiar um adversário que pouco faz por nosso estado. Espero sim que possamos caminhar juntos em 2018” – Helinho Aragão (PTB)
Matéria atualizada às 15h42
O blog ainda aguarda o posicionamento de Carlinhos da Cohab, porém há poucos instantes recebemos a resposta do vereador Augusto Maia (PTN), que disse o seguinte:
“Bem, vamos por partes. Tempos atrás falei na tribuna na Câmara que não votaria mais em Dep. Federal que votasse a favor da Reforma da Previdência. Naquele momento, o deputado que apoiamos, Ricardo Teobaldo, votou a favor da Reforma Trabalhista, e caso votasse também a favor da Previdência, não teria mais meu apoio. Inclusive, mantenho a palavra e cobrei o requerimento por parte do presidente da casa, para assinar em conjunto.
Entendo que caso o Deputado vote a favor da reforma da previdência, fica insustentável apoia-lo, já que uma das suas principais funções é legislar, e colocando em uma balança os pós e contras, a balança pesaria muito contra.
O caso de Armando é um pouco diferente. Não concordo com a votação a favor da Reforma Trabalhista e também ainda não nos deixou claro o seu voto em relação à previdência. Nos falou que era a favor de uma reforma da previdência, mas que era contra essa reforma aí imposta e que seu voto dependeria de como iria chegar o projeto ao final no Senado.
Bem, deputado federal temos centenas para escolher em quem votar e apoiar na próxima eleição, é um campo bem mais amplo, o qual podemos mudar facilmente de direção. Em relação a Armando muda um pouco, é bem provável que ele será candidato a governador, do outro lado teremos provavelmente Paulo Câmara. Nesse caso, não posso romper com Armando, ou teria que apoiar Paulo ou um pior.
Aí que vem a história da balança novamente. Ricardo está aqui na cidade faz 02 anos, enquanto Armando está há 15. Caso erre agora, ainda tem muito crédito e teremos a oportunidade pela primeira vez de ter um governador que pode olhar de uma forma diferente para Santa Cruz.
Então, não concordo com a votação de Armando. Mas o que falei na tribuna, e está gravado, foi em referência a Reforma da Previdência ao Dep. Federal. O qual mantenho a palavra”.