Funcionária da prefeitura relata mau atendimento do Hospital Materno Infantil, após atropelamento de criança de cinco anos
A servidora pública, contratada da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe, Aline Gomes, relatou, em sua página pessoal no Facebook, uma ocorrência de atendimento demorado envolvendo o Hospital Materno Infantil.
O fato teria ocorrido, nesta segunda-feira (20), durante o socorro a uma criança de cinco anos, vítima de atropelamento.
Além da demora no atendimento, Aline relata que no interior do hospital se deparou com a criança sozinha, em uma maca, sufocando-se com o próprio vômito.
A revolta aumentou por conta da suposta ausência da diretora do hospital que seria responsável pela senha de transferência hospitalar da criança.
De acordo com o relato, a situação só foi resolvida após três horas e com a intervenção de um delegado de polícia.
Confira na íntegra a denúncia de Aline Gomes do Facebook:
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Não sei o que sinto nesse momento… revolta, idignação ou frustação. Quanto vale a vida hem? Infelizmente, hoje me deparei com uma situação que transbordou em mim todos esses sentimentos.
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Era por volta das 17h quando estava em minha casa e escultei uns gritos de pedido de socorro, quando sai me deparei com uma criança de apenas cinco anos desmaiada no chão, ela acabava de ser atropelada por uma moto. A criança não esboçava nenhum tipo de reação.
Vários populares já haviam ligado pra o SAMU, porém sem êxito. A mãe em seu desespero, mesmo sendo repreendida por alguns, por um impulso se ajoelhou e levou a criança aos braços, saindo em disparada pra o hospital, pra salvar a vida do filho.
Dei partida no carro e a socorri até o Hospital Materno Infantil. O tempo passava, a angústia daquela mãe só aumentava e as horas naquele momento era inimigas. Se passou uma hora, se passou duas e nenhuma noticias da criança, quando de repente, um pai que estava dentro do hospital saiu e disse: Senhora, faça alguma coisa se não aquela criança vai morrer.
Me esquivando da barreira que os “profissionais” daquela unidade faziam, consegui entrar, e, lamentávelmente, me deparei com a criança sozinha na maca do hospital, sufocada pelo próprio vômito. Desesperadamente pedi socorro, e a resposta dos “profissionais” que lá se encontrava era que estava dependendo da “diretora” daquela unidade pra que a mesma conseguisse uma senha em um hospital na Capital Pernambucana para que só assim a criança fosse transferida.
O tempo passava e nada dessa “toda poderosa” chegar ou dar notícias. O desespero só aumentava e infelizmente a criança só piorava. E nada da “toda poderosa” .
Todos as pessoas que estavam no hospital ficaram indignados, a revolta tomou conta de todos. Nisso já se passava mais de três horas. Nesse momento uma pessoa muito amiga, Maviael Sobrinho, chegou perto de mim e pediu que eu tivesse calma que ele ia conseguir falar com a “toda poderosa” e a situação ia ser resolvida.
Felizmente a “toda poderosa” depois de muito tempo apareceu. Nesse momento o delegado de Polícia chegou e interviu, para que a criança tivesse os primeiros socorros e fosse transferida. Após essa intervensão, a criança foi transferida. Obrigada senhor Delegado!!!
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Queria fazer um apelo ao senhor prefeito… Senhor prefeito, na saúde se deve trabalhar quem está disposto para “ao menos tentar” SALVAR VIDAS e os que não estão dispostos, transfira os mesmos para o matadouro público.
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Desde já, quero ressaltar que sou contratada da Prefeitura Municipal, mas se for pra ficar omissa a esse absurdo, coloco meu cargo a disposição.
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A TODOS VOCÊS, PEÇO QUE OREM POR PEDRO HENRIQUE.