A seca que castiga o Agreste
Neste mês de dezembro, o Blog do Ney Lima inicia uma série de reportagens sobre a seca que castiga o Agreste de Pernambuco.
Toda a zona rural pertencente à Santa Cruz do Capibaribe e cidades vizinhas está sendo atingida.
Nossa equipe percorreu vários quilômetros por vilas e sítios atingidos pela estiagem.
Vamos mostrar a realidade vivida pelos agricultores e a situação de alguns açudes e barragens que entraram em colapso por conta da falta de chuva.
“É a maior seca dos últimos 30 anos”, afirma agricultora
Nossa reportagem começa pelo Sítio Quixabeira, há aproximadamente 10 km da Vila do Pará, distrito de Santa Cruz do Capibaribe.
Pouco antes de chagarmos ao local, encontramos vários animais mortos em meio à mata seca. Não se sabe exatamente o motivo da morte dos animais, mas a falta de vegetação apropriada para a alimentação provavelmente foi o fator principal para a não sobrevivência dos bichos.
Observamos um caprino que vagava em meio ao mato seco a procura de alimentos. Durante mais de dez quilômetros, nenhuma vegetação verde foi vista e o calor exaustivo predominava em toda a área.
Nossa equipe conversou com a agricultora Dona Dilma, que reside no local há três décadas. Ela conta que apenas no início de sua chegada ao sitio, em meados da década de 80, recordasse que teve um período de estiagem semelhante aos dias atuais.
“Apenas quando eu cheguei aqui teve uma estiagem desse jeito. Há quase 30 anos”, recorda a agricultora.
A residência de Dona Dilma é uma das casas que está sendo abastecida, de forma emergencial, pelo Exército Brasileiro.
Clique aqui para ouvir a entrevista: agricutora
Na próxima reportagem desta série, vamos mostrar a situação da Barragem da Nação, o único manancial que abastece a Vila do Pará, em Santa Cruz do Capibaribe.