Quatro cidades do Agreste entram em colapso a partir de abril e receberão água por caminhões-pipa
Em virtude do agravamento da estiagem no Interior de Pernambuco, que está levando o estado a enfrentar sua maior crise hídrica desde 1999, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está adotando medidas para garantir a continuidade do abastecimento nas cidades do Agreste cujos mananciais entraram em colapso.
A partir do dia 10 de abril, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una passarão a receber água exclusivamente por carros-pipa, uma vez que os principais sistemas que as atendem, Bitury e Pedro Moura Júnior, secaram totalmente.
Os dois mananciais, que atendem Belo Jardim e regiões circunvizinhas, vêm perdendo volume acumulado desde 2011, quando ocorreu a última chuva significativa na localidade. Para ampliar a vida útil dos mananciais e garantir o atendimento pela rede de distribuição, foi estabelecido, no último ano, um rodízio que se tornou ainda mais rigoroso com a escassez de chuvas, sendo de apenas dois dias com água por mês.
Agora, com as barragens de Pedro Moura Júnior e Bitury acumulando, respectivamente, 0,46% e 1,95% de suas capacidades, não haverá outra alternativa, a partir de abril, se não suprir a demanda com carros-pipa.
Serão 70 carros, sendo 50 para Belo Jardim e 20 para os demais municípios, a um custo de R$ 500 mil por mês, valor assumido pela Compesa e pelo Governo Federal, através da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe). A água que vai abastecer os caminhões-pipa virá de Garanhuns e Agrestina, onde a situação dos mananciais é melhor, assim como na Zona da Mata.