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Professores realizam protesto contra o não repasse do Fundef por parte da prefeitura de Santa Cruz

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Professores enfrentam o calor para exigir direito na prefeitura de Santa Cruz. Fotos: Sinduprom e Fernando Lagosta.

Nesta quinta-feira (01) professores da rede pública municipal de Santa Cruz do Capibaribe realizaram uma movimentação em relação ao não repasse de alguns valores do FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) por parte da Prefeitura.

Os valores são estimados entre 14 a 17 milhões, além de juros e correções monetárias e que foram enviados pela União, que são referentes aos anos de 2002 a 2006 e que devem ser destinados aos professores e investido na educação do município. Pagamento deveria ser realizado no próximo dia 12 de dezembro.

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De início, os docentes se concentraram na Câmara de Vereadores de Santa Cruz e em seguida, saíram em caminhada passando a frente da Secretaria de Educação, residência do prefeito Edson Vieira (PSDB) e por fim, até a prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe.

Segundo a Lei Federal n. 9.424/96 que institui o FUNDEF, é que os 100% dos recursos devem ser destinados em sua totalização na educação, sendo 60% para os professores e 40% para a manutenção das escolas.

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Carta aberta dos professores. Clique na imagem para ampliar.

Na prefeitura, os representantes do Sinduprom (Sindicato dos Professores Municipais) organizaram uma comissão com nove professores para uma reunião no interior da prefeitura para tratar dos problemas que estão sendo enfrentados pelos docentes através de uma carta aberta. Entre eles, os valores do FUNDEF, congelamento e cortes de salários, atrasos nos pagamentos, falta de transporte escolar (onde alguns professores dormiam nas proximidades das escolas da zona rural devido a ausência de transporte), compras de materiais com recursos próprios dos docentes, péssimas condições de trabalho, falta de merenda e fardamento escolar, desvio de recursos, professores sem valorização, entre outros.

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Elieudes Bezerra, representante do Sinduprom, lamentou através de nota a ausência de alguns professores e ressaltou que a prefeitura não irá pagar os 60% que é de direito dos docentes e a mesma agendou uma nova assembleia para o próximo dia 8 de dezembro, uma possível greve por tempo indeterminado não está descartada.

“Sentimos falta de muitos professores que são combativos na luta, esperamos que no próximo ato, possamos contar com todos. Bem, fomos recebidos na prefeitura por Priscila Ferreira, Joselito Pedro e Jéssyca Cavalcanti, (eles) não apresentaram nenhuma proposta para a categoria, apenas a que 60% o prefeito não vai repassar para nossa categoria. Combatemos e argumentamos, inclusive apresentando o valor do contracheque de um professor na época, mas com toda as nossas posições, não obtivemos êxito. Voltamos para a categoria e fizemos o repasse (das informações), sendo assim a posição do sindicato é a defesa de 60% para a categoria. Ficando marcada uma assembleia para o dia 8 de dezembro a tarde, essa data é o 6° dia útil, que no posicionamento da assembleia é parar caso não saía o nosso pagamento e ai, juntamos tudo nesse momento. Não vamos baixar a cabeça. “Precisamos ser o fogo que aquece a garapa no processo do engenho” fala com companheiro Josenildo.

Vamos a luta, sindicato é para lutar!

 

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