Problema caminha para três anos sem solução definitiva – Fotos: Thonny Hill

No final da manhã desta quarta-feira (08) a equipe de jornalismo do Blog do Ney Lima atendeu a uma nova solicitação de moradores do Loteamento Jaçanã, em Santa Cruz do Capibaribe, mais precisamente no cruzamento entre a Rua do Amor e a Rua Esperança.

O assunto é a continuidade de um grave problema no saneamento que caminha para quase três anos sem solução definitiva por parte da prefeitura, fator que faz com que dejetos corram livremente a céu aberto e prejudique, diretamente, cerca de 10 famílias nas proximidades graças ao retorno do mesmo para dentro de suas casas.

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Moradores temem agravamento do problema com chegada das chuvas

Essas famílias reclamam não só de transtornos causados pelo problema como o mau cheiro e o aumento na quantidade de insetos, mas também que moradores do próprio loteamento usam a Rua Esperança para jogar lixo e entulhos, em especial de reformas particulares.

Em julho de 2016, o blog divulgou uma reportagem mais aprofundada, retratando a época que o problema era bem mais grave e atingia praticamente toda a Rua Esperança. Oito meses depois, se notou que a situação já é diferente, pois não haviam mais dejetos em vários pontos que já foram noticiados.

De acordo com a prefeitura, uma rede de 700 metros de tubulações foi implantada e também foi realizado o conserto de bombas que fazem a drenagem de parte dos dejetos para uma área de córrego, mas mesmo assim, a situação ainda permanece crítica em um desses pontos.

Dentre essas famílias, a mais prejudicada é a do casal Maria do Socorro da Silva e Antônio Nascimento Bezerra, que residem em frente a esse ponto crítico. A dona de casa citou que não usa mais a cisterna, em virtude dos dejetos que infiltraram e atingiram o local há cerca de dois meses. Já seu marido pouco pode fazer, já que possui um grave problema em uma das pernas.

Em fevereiro de 2016, os dois já tiveram a residência invadida por uma grande quantidade de dejetos junto com a água da chuva, que se acumulou no local em virtude de uma barreira de terra que existia, feita por proprietários de uma fazenda particular, para evitar que os dejetos atingissem um açude na propriedade. O caso também foi acompanhado por nossa equipe a época e as famílias temem que a chegada das chuvas agrave ainda mais a situação.

Atualmente, além de ainda ter os dejetos na porta de casa, o casal também não pode armazenar água, já que a cisterna foi atingida graças a infiltração dos dejetos. Para ter água em casa, o casal recebeu, de um dos filhos, uma caixa de água de 2000 litros.

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Secretário responde ao Blog

Diante dos fatos, fizemos questionamentos ao Secretário de Serviços Urbanos do município, Gilson Julião, já que este tem conhecimento do problema.

Os questionamentos estão detalhados no print abaixo:

Ainda na tarde de hoje, o secretário enviou nota a nossa redação, falando sobre o caso:

“Temos conhecimento. Inclusive estamos realizando reparos a exemplo da Estação de Tratamento de Esgoto, que está funcionando normalmente após a instalação de 700 metros de canos para uma nova rede.

Para identificar a raiz do problema e uma solução definitiva, estamos realizando avaliações, porém a situação no local é complexa e requer o cuidado e a colaboração dos moradores, pois nas ações para desobstrução da rede de saneamento, tem sido comum encontrar objetos que não deveriam ser jogados no esgoto, o que dificulta e impedem a passagem dos dejetos, causando entupimento e transtorno aos moradores.

Situação semelhante ao lixo produzido que é descartado pelos moradores em local e dias inadequados, mesmo sendo de conhecimento dos dias de coleta.

Até que seja solucionado definitivamente o problema, o bairro vem e continuará sendo monitorado periodicamente.  É realizada a coleta dos dejetos, desobstruindo toda a rede, inclusive, até o final desta semana, este procedimento será novamente realizado. Segue em anexo foto de arquivo nosso, tirada há 15 dias em local citado” – pontuou.