Na manhã desta terça-feira (22), representantes da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco, Albérisson Carlos e Nadelson Leite, respectivamente presidente e vice da entidade, concederam entrevistas na Rádio Polo FM.
O assunto abordado foi a Operação Hostes, que foi deflagrada em 15 de agosto nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Recife, Caruaru e Taquaritinga do Norte, que culminou na prisão de 06 policiais militares (sendo um deles da reserva) que atuam ou já atuaram no 24º BPM e também de outros três homens.
Os mesmos são acusados por crimes como formação de milícia armada e teriam sido responsáveis por atentados a residências de oficiais superiores da PM e também atuar na segurança privada de políticos, realizar prisões ilegais com uso de fardas e armas da corporação, além de e assassinatos ocorridos em Santa Cruz do Capibaribe.
De acordo com o material divulgado pelo Ministério Público, os quatro policiais militares da ativa presos temporariamente foram: Waitã Teixeira dos Santos, Adalberto Campelo Alves, Rivaldo Vieira da Silva e Orlay Soares dos Santos (suspeito de ser o líder). Foi cumprido também o mandado de prisão do policial Militar aposentado (reserva), Romildo Gonçalves da Silva.
Já os outros três civis seriam: Francinaldo Roberto da Silva Brito, João Paulo Julião de Macedo (Paulo Ceará) e Gilmário Queiroz de Almeida. O outro acusado, Otávio Manoel de Brito Neto (Tavinho), suspeito de ser o gerente do grupo, já se encontra preso por outros crimes.
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Prisões teriam acontecido irregularmente, diz vice-presidente
De acordo com o Nadelson, as prisões chefiadas pela Polícia Civil teriam acontecido de forma irregular e precipitada já que, para ele, não teriam sido comprovadas tais acusações.
“Fizemos um apurado (de informações) e nesse apurado que foi feito, tanto aqui como com os policiais que foram presos, é que eles foram presos sem qualquer respaldo jurídico para essa operação. Já está se desenhando uma delação premiada e, como se vem uma delação premiada numa situação como essa, é porque não se tem provas concretas da situação que ele praticou, de crime ou não. Vejo que essa operação foi feita politicamente; uma operação que foi feita para mostrar que o Governo do Estado estaria fazendo alguma coisa, mas não está” – disse.
Para ele, as prisões dos PMs não teriam sido feitas com a apresentação de provas.
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Presidente sinaliza perseguição política nas prisões
Já Albérisson também enfatizou que as prisões, segundo ele, estariam sendo usadas para fins políticos por parte do Governo do Estado e sinalizou que a categoria estaria sendo alvo de perseguições.
Para ele, a justificativa seria pelo fato de que não se teria dado publicidade, na operação, as motivações das prisões.
“Isso comprova que, muitas vezes, a prisão preventiva nesse país, muitas das vezes, é para o poder arbitrário ser exercido. Se não se tem elementos que não se mostre para a sociedade a necessidade de se haver essas prisões, está configurada a arbitrariedade” – citou.
O mesmo cobrou transparência e completou: “Quando se vê um policial graduado, que tem prestação de serviços aqui em Santa Cruz de forma espetacular, elogiado por todos e não se ter provas daquilo que esse policial que esse policial cometeu… Isso parece mais uma retaliação” – pontuou.
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Faltaria gestão na Polícia Militar, afirmam representantes
Segundo os representantes, faltaria gestão na Polícia Militar por parte do Governo Estadual e justificou citando que o mesmo governo teria mentido ao propagar benefícios a categoria, como o aumento em mais de 40% nos salários.
Para eles, na prática se houve um aumento de 149 reais, o que representa um percentual líquido de 5% e afirmou na necessidade, segundo ele, de realizar bicos para complementar suas rendas.