Apreciação ao veto presidencial Projeto das Emancipações pode ser adiado para abril
A temperatura em torno das discussões e articulações políticas está cada vez mais quente na Capital Federal e, há poucos instantes, foi divulgado no site do Senado Federal que a apreciação do veto presidencial ao Projeto das Emancipações, marcada para as 19h noite desta terça-feira (18), pode ser adiada mais uma vez.
De acordo com as informações, a proposta alternativa ao projeto original (que apontava os critérios para a fusão, incorporação e criação de novos municípios) que está sendo articulada pela presidenta Dilma Rousseff (PT) com os líderes de partido, está ganhando mais musculatura, fator que pode frustrar, novamente, lideranças vindas de todo o país que são favoráveis à derrubada do veto.
A principal dificuldade em conseguir apoios está ligada principalmente aos senadores, que se mostram estar mais unidos ao governo do que, propriamente, os deputados federais. Para que o veto seja levado a pauta de discussões no Congresso, é necessário que a maioria do Senado se mostre disposto a participar, um dos fatores que pode gerar uma nova obstrução da pauta de votações.
Lideranças expressam, em entrevistas a Agência Senado, suas opiniões sobre o caso
Um dos primeiros senadores a criticar a possibilidade do adiamento das votações ao projeto das emancipações foi o senador paulista Aloysio Nunes (PSDB-SP).
“Só agora, na hora da votação, o Governo diz que tem um projeto novo; quer dizer: essa é a técnica do Governo Dilma. Querem adiar a votação?! Vamos adiar. O problema é que ficam se acumulando os vetos”, completou, afirmando que antes eram apenas quatro vetos a serem apreciados e agora são 12.
Já o senador pernambucano Humberto Costa (PT), avalia a proposta alternativa como positiva e afirmou que ela atende a demanda dos estados do Nordeste, ao contrário do que afirmam os movimentos emancipalistas.
“Para o Norte e para o Nordeste, bem como para o Centro-Oeste, haverá uma facilitação para a criação de novos municípios, mas para o restante do Brasil, essas regras serão mais rígidas”, frisou o petista.