Joab afirma que vereadores taboquinhas ‘ajudaram’ Edson Vieira com o São João e é ‘alvo’ dos principais discursos
Aprovado na ultima terça-feira (21), o projeto do poder executivo de crédito suplementar, ainda gera polêmica na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe. Na tarde desta quinta (23), o vereador Júnior Gomes direcionou praticamente todo seu discurso em crítica para Joab Gomes, considerando que o colega está ‘jogando para torcida’.
Após a votação na terça, Joab e Capilé afirmaram que o projeto aprovado ‘retira verba da saúde e direciona para festas’. Algo que foi duramente retrucado por vários vereadores.
Um dos parlamentares que não aceitou as colocações de Joab foi Júnior Gomes (PSB), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento.
“Pode ser capaz de ocupar terreno, mas de discutir orçamento, não”, disse Júnior em direção a Joab.
Júnior ainda fez questão de lembrar que Joab é o relator da mesma comissão, por onde passa o relatório final antes de subir para votação em plenário.
“Fez o relatório e não observou isso. Que relator é esse?”, questionou e completou pouco tempo depois “Não teve capacidade nem competência de preparar um relatório, que vossa excelência mesmo foi contra”.
‘Na moleira’
Durante seu discurso, Helinho Aragão também fez questão de dizer que ‘não jogava para platéia’, fazendo referência a Joab e Capilé.
O presidente Augusto Maia também falou em fazer ‘oposição com responsabilidade. Criticando, mas apontando soluções’.
“Tem que mostrar a verdade e não jogar para platéia, confundindo a cabeça da população”, disse.
Por uma emenda
Ao usar a tribuna, Joab listou valores de onde teria saído os R$ 500 mil para os eventos festivos, solicitados pela prefeitura: R$ 150 mil da manutenção da educação básica, R$ 285 mil da secretaria de obras (construção de pontes, bueiros e passagens molhadas), e R$ 65 mil do Fundo de Assistência Social, onde grifa ‘benefícios com eventuais despesas’, totalizando os R$ 500 mil.
Ainda segundo Joab, uma emenda do vereador Capilé suprimia essa parte da solicitação da prefeitura. Algo que foi reprovado.
“Não era contra o projeto. Mas, a favor da emenda para empatar que o prefeito usasse mais R$ 500 mil no São João”, argumentou.
O projeto – A prefeitura enviou projeto solicitando o remanejamento de mais de R$ 6 milhões, onde envolvia várias áreas. O projeto foi apresentado em 16 de abril e aprovado pouco mais de um mês depois.
Ajustes – De acordo com Júnior, o projeto foi amplamente discutido e reajustado, citando, por exemplo, que orçamento previsto para compra de ônibus escolares e construção de creches não foram alterados.
Eventos diversos – Vereadores favoráveis rebatem Capilé e Joab, afirmando que os R$ 500 mil para ‘atividades festivas, culturais e folclóricas’, não é exclusivo para o São João, mas em todo meio cultural, citando festas de bairros, contribuições para eventos religiosos, teatrais, etc.
Funcionários – Em relação aos salários, parte do projeto trata da autorização para que a prefeitura possa remanejar valores de pagamentos de funcionários contratados para os atuais concursados.
Votação – O projeto foi aprovado por unanimidade na terça. Capilé e Joab afirmam que votaram favoráveis ‘para não prejudicar funcionários’.
“Não ia votar contra por que tinha (valores) para UPA e Samu. Não poderia votar contra. Mas, minha indignação é que meus companheiros votaram em emenda que ajudou o prefeito Edson Viera”, disse Joab.