De 30 de novembro a 7 de dezembro, a paratleta toritamense Klys Vitória participou do Campeonato Brasileiro de Bocha Paralímpica. A competição aconteceu no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (capital), reunindo competidores de 18 Estados e do Distrito Federal. 

Klys conquistou a medalha de ouro e o segundo título brasileiro consecutivo na categoria BC2, destinada a pessoas que possuem deficiência motora, mas que não precisam de assistência na prática da modalidade. Além do segundo título nacional, ela também foi bicampeã regional neste ano. 

A paratleta conta com o patrocínio do Moda Center e de outras empresas da região na disputa de competições, destacando a importância da modalidade para sua vida. 

“A bocha para mim não é só um esporte, é inclusão e superação. Através da bocha, pude conhecer pessoas e histórias que me inspiram cada dia mais e hoje vejo que a pessoa com deficiência pode sonhar e, principalmente, realizar todos os seus sonhos.  A bocha não é só um esporte, é a prática do respeito dentro de quadra e fora dela. Essa modalidade tem me levado para lugares que eu nunca pensei em conhecer”, disse. 

Sobre a Bocha

De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro, a bocha pode ser praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas. 

A competição consiste em lançar bolas coloridas o mais perto possível de uma bola branca (conhecida por “bola alvo”, “jack” ou “bolim”), onde vence quem fica mais próximo desta ao final dos arremessos. 

Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e delimitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos que envolvem estratégia e concentração, especialmente nos momentos para retirar as bolas arremessadas pelos adversários. 

É permitido usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio (calhas), assim como contar com ajudantes (calheiros) no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros. No Brasil, quem rege a bocha é a Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).