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Na manhã desta segunda-feira (18) o deputado federal Mendonça Filho (DEM) falou, ao programa Rádio Debate, sobre a votação histórica na noite de ontem, na Câmara Federal, que possibilitou o avanço de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. Mendoncinha foi um dos 367 parlamentares favoráveis ao processo, contra 137 governistas.
“Acho que é direito do governo espernear, ninguém vai impedir. Pode espernear o quanto quiser”, disse quando perguntado sobre a luta governista em tentar barrar o processo mais à frente. “Foi uma decisão soberana da Câmara Federal”, enfatizou lembrando o grande número de deputados favoráveis ao procedimento.
De acordo com o deputado, o processo deverá ser votado e aprovado em 15 dias pelo Senado. Caso seja confirmada a aprovação no Senado, a presidente é afastada do cargo por 180 dias durante o julgamento.
Indagado sobre como será sua postura com um possível ‘governo Temer’, o pernambucano afirmou que está à disposição ‘para somar’. E que o vice terá o desafio de restaurar a moralidade no país.
“A gente tá para somar, para colaborar e tirar o país da crise. A grande responsabilidade pelo afundamento do Brasil, na maior crise econômicas dos últimos 116 anos, foi o PT. Hoje, 10 milhões de desempregados amargam com uma situação para lá de crítica. A grande oportunidade para o vice-presidente será assumir o poder para restaurar a dignidade, a moralidade do nosso país e combater a corrupção, para que a gente possa ter um quadro bem diferente do atual”, falou.
Para finalizar, Mendonça falou sobre a possibilidade de uma nova votação para presidente da Câmara, com a chance de ter Jarbas Vasconcelos (PMDB), no comando do legislativo.
“Para mim, ele (Jarbas) tem qualidade e envergadura para qualquer função pública, no Brasil. Teria condições plenas para ocupar a função de presidente da Câmara Federal. Tenho que aguardar e saber como vai ficar esse encaminhamento do conselho de ética, sobre Eduardo Cunha, e saber qual será o desfecho. A partir daí, começar articulação partidária sobre um eventual substituto na presidência da Câmara”, disse o Democrata que também é favorável à saída de Eduardo Cunha, investigado no Conselho de Ética, por ter ocultado contas bancárias na Suíça e de ter mentido, ano passado, sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras.