Divergências políticas à parte, o vereador Irmão Val fez questão de explicitar na tribuna da Câmara, sua confiança no vereador Júnior Gomes (PSB), em relação ao trato com dinheiro público.
Ex-presidente da Casa Dr. José Vieira de Araújo, Júnior Gomes, teve suas contas de 2014 reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e, em ação do Ministério Público, teve parte dos bens bloqueados, em valor aproximado a R$ 20 mil.
“Apesar das divergências, não acredito que teve intenção de colocar a mão no erário público”, disse Irmão Val, acrescentando que enxerga a Câmara de Santa Cruz como referência no estado de Pernambuco onde, segundo ele, não tem histórico com atos desonestos envolvendo verba pública.
Nessa quinta-feira (30), Júnior Gomes disse entender que o MP ‘se equivocou’ no pedido de bloquei de bens. Sobre a reprovação das contas de 2014, afirmou que perdeu prazo para se defender no TCE.
De acordo com ele, o relatório do TCE apontou como motivos para reprovação, ‘a não realização de concurso público, supostas despesas desnecessárias, falta de transparência e pagamento de salário dos vereadores acima do permitido’.
Como defesa, o vereador alega que o primeiro item (concurso público) nenhum presidente realizou, não se configurando, no seu entendimento, razão para reprovação. Sobre as despesas, afirma que teria sido gasto com viagens dos vereadores a Brasília, para cobrança de deputados e congressos de parlamentares.
Em relação à transparência, afirma que seu primeiro ato foi justamente instituir o Portal da Câmara na internet, com informações de receitas e despesas da Casa. E, por fim, afirma que o salário dos vereadores foi pago baseado em lei aprovada na Câmara.
“Tenho 300 mil defeitos. Mas, sobre recursos públicos, desafio qualquer um a dizer que teve dúvida de um centavo, de quando fui presidente”, falou.