Casos de microcefalia associados ao Zika Vírus voltam a crescer no Estado, afirma Ministério da Saúde
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde na terça-feira (05) voltaram a despertar preocupação e alerta em todo o estado.
Trata-se dos novos números de casos de microcefalia, má formação no cérebro de bebês que causa problemas neurológicos e motores para toda a vida, que voltaram a crescer.
De acordo com os novos números, Pernambuco segue na liderança desse ranking negativo, onde até o momento, 1185 casos já foram registrados.
Depois de Pernambuco, despontam outros estados nordestinos: Paraíba (504), Bahia (312), Rio Grande do Norte (169), Sergipe (146), Ceará (134) e Alagoas (139); além de outros dois em outras regiões do país: Mato Grosso (123) e Rio de Janeiro (118).
Vale ressaltar que Pernambuco tem 37,33% dos casos registrados de Microcefalia no Brasil e que estudos recentes associam o Zika Vírus como principal fator para o grande aumento desse tipo de má formação cerebral.
Tais argumentos levantam o questionamento do papel da população para eliminar, especialmente no interior dos domicílios, os focos do mosquito Aedes aegypti, tido como vetor para transmissão da Dengue, Zika e Chikungunya. Os dados do Ministério da Saúde foram contabilizados até o dia 02 de janeiro.
Entenda o que é a microcefalia
Para quem ainda não conhece, a microcefalia é uma má formação do cérebro dos bebês, que faz com que ele se desenvolva de maneira diferente e tenha um tamanho menor do que o de um recém-nascido saudável.
De acordo com o Ministério da Saúde, crianças que possuem a doença (que pode surgir por uma série de fatores e não somente associados ao Zika Vírus) tem problemas permanentes de desenvolvimento mental, motor e vocal, que podem ser amenizados com diversos tratamentos como fisioterapia e acompanhamento por fonoaudiólogo.
Mesmo com tais acompanhamentos, as sequelas não desaparecem com o tempo. Inicialmente, o primeiro exame de detecção feito em casos suspeitos é a medição do diâmetro de circunferência da cabeça, sedo que o critério usado no país é o diâmetro de 33 cm ou menor.
Em seguida, podem ser feitos exames mais aprofundados, que atestam se a criança está, ou não, com a doença.