“Edson, por não ter uma explicação, enrolou e partiu para a agressão” – afirma José Augusto Maia
Vamos analisar a resposta do prefeito, por partes.
1º – O prefeito acusa Zé Augusto de distorcer os fatos e tentar se promover na mídia:
Não se pode distorcer a informação de um documento Federal, que informa a inclusão da Prefeitura no CAUC, no dia 13 de Agosto de 2015, por uma inadimplência de mais de 30 dias, junto à Receita Federal;
2º – Ao invés de explicar à população a verdade e pedir desculpas pela tentativa de esconder os fatos, o prefeito Edson Vieira desvia o foco e passa a agredir Zé Augusto, dizendo que ele foi um deputado ruim:
Agora, o prefeito não fala por qual motivo as verbas oriundas de emendas de Zé Augusto e colocadas diretamente para o município foram perdidas.
Então vamos esclarecer à população, acompanhe:
– Usina Asfáltica e Máquina de Perfurar Poços Artesianos – R$5,8 milhões – Propostas: 75914/2013 e 75985/2013
O prefeito Edson Vieira não enviou o projeto para Câmara, para incluir o município no CONIDER-PE (Consórcio dos Municípios), mesmo com um Requerimento assinado e aprovado por todos os vereadores;
– Construção de um Portal – R$400 mil – Proposta 86945/2013
Verba perdida, porque a Prefeitura não efetuou o registro do projeto junto ao Ministério da Integração Nacional;
– Verba para Calçamentos – R$1,4 milhão – Proposta 86879/2013
Verba perdida, porque a Prefeitura não efetuou o registro do projeto junto ao Ministério da Integração Nacional;
– Centro de Diagnóstico por Imagens – R$2,4 milhões – Emenda Individual 27220016/2012
A equipe do prefeito perdeu o prazo, de forma irresponsável e proposital, para responder as diligências do Ministério da Saúde, perdendo assim a verba;
– Policlínica – R$1 milhão – 27220008 – (Genérica- junto com outras para a região)
Outro descaso. Não houve registro no Sistema de Convênios – Verba Perdida
Assim sendo, R$11 milhões destinados ao município, em quatro anos, não parece ser obra de um deputado ruim, como classificou o prefeito Edson Vieira.
Emendas que vingaram e estão sendo executadas
Emendas aprovadas para o município, que foram conveniadas diretamente com os Ministérios e que não tiveram influência direta da prefeitura:
– Agência Regional do INSS – R$500 mil – Emenda 27220007
Ministério do Desenvolvimento Social – Obra em fase de conclusão.
– Sistema de Monitoramento – R$1 milhão – Proposta 71421/2013
Ministério da Justiça – Convênio com o Estado de Pernambuco – Projeto em fase final para instalação;
3º – Por fim, o prefeito precisa combinar com seus assessores qual a versão oficial da prefeitura, porque o Controlador do Município, Bergue Alves, lhe desmentiu em uma entrevista anterior, quando confirmou a existência de uma dívida no valor de R$12 mil, junto à Receita Federal, referentes a um parcelamento de débitos previdenciários.
Esta foi a inadimplência que originou o registro da prefeitura no CAUC, no dia 13 de Agosto de 2015. Portanto, 15 dias antes de Zé Augusto ser notificado. E, este débito, segundo o formulário do SIAFI (Sistema de Informações Financeiras do Governo), já estava vencido a mais de 30 dias, da data do seu registro.
Assim sendo, o prefeito e sua equipe já sabiam que a Prefeitura estava no CAUC, quando tentaram, eles sim, jogar para a imprensa, que a culpa seria de Zé Augusto. Só não contavam com a imediata solução do ex-deputado, junto ao Ministério do Turismo, colocando por terra toda a armação.
Quem precisa se explicar?
Agora, santacruzenses, pensem bem. Quem precisa se explicar e esconder os sucessivos escândalos? Quem se encontra com os bens “BLOQUEADOS”, por improbidade administrativa, no vergonhoso caso da KMC Locadora? Quem precisa explicar a questão da Farra dos Bolos e dos Combustíveis?
Edson Vieira deveria ter vergonha, pedir desculpas à população e assumir o fracasso de sua administração incompetente. Esta foi a maior enganação eleitoral, que Santa Cruz já viu em toda a sua história.
A chance pedida à população, em 2012, não passou de um “blefe”, de uma “tapia”. O objetivo era outro e os sucessivos escândalos estão aí para serem julgados.
José Augusto Maia