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Médica denuncia paralisação de bloco cirúrgico, desde novembro, em Santa Cruz

Foto: Thonny Hill (arquivo).

Pediatra em Santa Cruz do Capibaribe, Janaina Santana, médica que compõe o quadro de funcionários do bloco cirúrgico do município, se mostrou preocupada com a paralização das atividades, onde são realizadas cirurgias eletivas, nas áreas de obstetrícia e oftalmologia.

Ela já havia denunciado a possibilidade em outubro de 2016, se colocando (juntamente com outros profissionais), para o trabalho voluntário, afim de evitar a parada.

De acordo com Janaina, na oportunidade, o secretário de saúde do município, Breno Feitosa, teria afirmado que as cirurgias retornariam após três meses, em recesso como em outros anos.

Janaina afirma ainda que, em conversa recente com Breno, ele teria lhe passado que estava aguardando uma verba federal, confessando inclusive, o receio de não voltar com os trabalhos na área.

Ela questiona o longo período parado, após já ter acontecido algo semelhante, por 8 meses, durante o ano passado.

“Isso (o retorno) até agora não aconteceu. Tive uma conversa informal com ele e ele disse que estava dependendo de um verba federal, e se não chegasse pensava em não abrir mais os serviços do bloco para não ter uma nova paralisação”, disse, em entrevista à Rádio Polo, acrescentando que não teria recebido novo retorno oficial do secretário.

O bloco é composto por profissionais concursados e contratados. Segundo a médica, o bloco de Santa Cruz tem equipamento e aparelhos necessários para os procedimentos.

Secretário responde

Em participação nesta manhã, no programa Cidade Notícia, o Secretário Breno Feitosa confirmou que aguarda portarias de financiamento do governo federal e recursos dos estado, para dar continuidade às atividades. Ele garante, porém, que as operações oftalmológicas já estão acontecendo desde janeiro.

“O componente de financiamento do estado e, sobretudo do governo federal, ainda não foi publicado. Isso significa que os município que tem bloco cirúrgicos não estão recebendo recursos, como recebeu em anos anteriores”, falou acrescentando que, momentaneamente, o custeio é realizado pelo próprio município.

Enquanto as portaria não são publicadas, Breno sustenta que outras cirurgias estão sendo realizadas através de cotas do estado, no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru.

De acordo com Breno, em anos passados, esse repasse do governo federal era antecipado, o que possibilitava um cronograma da pasta para cirurgias, algo que não aconteceu este ano, em virtude de problemas com alguns municípios. Desta forma, as condições de financiamento foram modificadas, em todo o país.

O secretário finalizou que o município segue no aguardo dos repasses para se organizar.

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