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Matadouro de Santa Cruz completa seis meses interditado

Neste domingo (29) o Matadouro Público de Santa Cruz do Capibaribe completou seis meses interditado. O fechamento do espaço se deu após ordem judicial, devido às más condições de funcionamento do local, além, de descarte inapropriado de restos de animais. Meses antes da interdição, o Ministério Público (MP) já havia pedido a realização de obras, por parte da prefeitura, que garantissem o adequado funcionamento, porém o trabalho não foi feito.

Segundo relatórios da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) e da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), indicavam que o Matadouro vinha apresentando condições precárias de higiene, falhas na estrutura física, ausência de equipamentos e de práticas de bem-estar animal, além da inexistência de tratamento de resíduos.

Após a interdição, o prefeito Edson Vieira (PSDB) revelou durante entrevista, que seria cerca de 500 a 600 mil reais para a realização de todas as adequações propostas pelo MP. Ainda na época através de nota, a Prefeitura destacou que estaria buscando alternativas para a mudança de local do abate.

Com a interdição, os marchantes tiveram que se deslocar e enviar os animais até o município de Brejo da Madre de Deus, para realizar o abate para o beneficiamento da carne devido à proximidade e facilidade logística.

De acordo com relatórios apresentados pelo Ministério Público, os problemas no Matadouro ocorrem desde 2009, quando um laudo já apontava a presença de retraços de animais em estado de decomposição nas áreas externas do matadouro. Gestor do município na época, Toinho do Pará assinou o ajustamento de conduta se comprometendo a resolver os problemas do Matadouro, mas não cumpriu.

Em audiência pública realizada em maio deste ano, os representantes da ADAGRO frisaram que estariam de portas abertas para ajudar no processo de reabertura, desde que o projeto de readequação seja cumprido. Representando a Prefeitura, o secretário executivo de Agricultura, Lenildo Araújo, afirmou que iria ‘procurar as orientações para que o município pudesse entrar com um pedido de licença ambiental, adequar as multas e mostrar uma proposta’.

Vale destacar que mesmo após seis meses, o problema segue sem solução.

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