Jéssyca Cavalcanti critica medida e Augusto Maia rebate e diz que vereadora tem assessores pagos pela prefeitura
Está sendo discutido na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, a criação de nove (09) novos cargos na Casa. A medida tem gerado polêmica e, na tarde dessa terça-feira (19), a líder de governo, Jéssyca Cavalcanti (PTC) se mostrou totalmente contrária.
Para a vereadora, o projeto é desnecessário. Os salários de cada novo contratado varia de R$ 1.272,00 e R$ 1.416,00.
“O projeto de Lei (PL 021/2019) estabelece a criação de dois cargos de Assessor Especial de Comunicação de Bancada Parlamentar, mais três cargos de Assessor Especial de Comunicação da Mesa Diretora, mais um cargo de Assessor Especial da Administração e mais três cargos de Assessor Especial da Administração”, diz o texto do projeto.
“Não houve discussão nenhuma”, disse Jéssyca Cavalcanti, acrescentando depois que o presidente Augusto Maia estava com pressa para aprovação do projeto. “Mostra como é a forma Maia de administrar”.
Atualmente, a Câmara de Santa Cruz do Capibaribe conta com 25 servidores, além dos 17 vereadores e 34 assessores parlamentares (dois de cada vereador). Para ela isso serviria para burlar e aumentar um assessor para cada membro da Mesa Diretora.
“Não vejo necessidade alguma. Cada vereador tem dois assessores. Acredito que esteja de bom tamanho com os funcionários que tem a Casa, para que funcione a contento”, diz Jéssyca e lembra ainda que haverá, nos próximos dias, licitação para contratação de assessoria de comunicação, com valor de R$ 19 mil mensais.
O vereador Zé Minhoca (PSDB) pediu vistas no projeto, que deve ser votado nas próximas reuniões.
Resposta
Em resposta, o presidente da Câmara, Augusto Maia, disse que a Casa gasta bem menos que outras Câmaras da região e teria verba suficiente para ampliar os quadros de funcionário, visando o melhor trabalho legislativo.
Segundo Augusto, o limite para esse tipo de gasto é de 70%. Hoje, a Câmara gasta com pessoal (vereadores e assessores) aproximadamente 52%.
Para o gestor, o ex-presidente Zé Minhoca (PSDB), não investiu o suficiente na Câmara. Por lei, quando o dinheiro não é gasto no legislativo, volta para o executivo. “Para cobrir rombo da prefeitura”, critica Augusto.
Povo
Ao ser questionado se essa verba ‘sobrando’ não poderia ser usado em parcerias com a prefeitura e criação de projetos populares, a exemplo o CIDATEC, que oferta curso de informática, de forma gratuita, Augusto respondeu que isso também será feito.
Mudança
Augusto acredita que o posicionamento contrário da vereadora se deve ainda à divisão de cargos para comissões na Casa, algo muito criticado por vereadores governistas. Ele disse que já tinha falado sobre o projeto com Jéssyca e ela teria aprovado e, inclusive, feito uma indicação.
Bancados pela prefeitura?
Por fim, Augusto sugeriu que a vereadora, antes das críticas, diminua logo no número de seus assessores, segundo ele, pagos através da prefeitura. Augusto afirmou que a parlamentar tem quatro assessores (os demais vereadores contam com dois). A vereadora alega que paga com seus próprios recursos aos dois funcionários a mais.