Denúncias envolvem aquisição de água e pneus para frota municipal
Vereadores de oposição em Jataúba requerem um Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades cometidas na gestão municipal, do prefeito Antônio de Roque (PMDB) na aplicação de recursos públicos.
Na justificativa, vereadores consideram gastos excessivos para consertos na frota de ônibus escolares e gastos com abastecimento de água, também entendido como ‘fora do normal’.
Dois pontos principais são acentuados pelo vereador Maviael (PSD), que protocolou o pedido. De acordo com ele, as supostas irregularidades constam no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Ele justifica o pedido, alegando que a quantidade de câmaras de ar, licitados pela prefeitura, não condiz com a realidade da frota, e os gastos com os consertos de pneus dos veículos não se enquadra com a realidade. Além disso, o abastecimento de água com carros pipas nas escolas estaria acima do necessário.
Segundo o denunciante, apenas em janeiro, mês sem aula, houve a aquisição de 426 carros pipas de água (cada um com 8 mil litros) para as unidades escolares.
“A maioria (das escolas) não tem reservatório para ter esse suporte e não teria como gastar durante esse tempo, sem aula. Não tem como bater essa conta”, diz e completa em seguida “Troca de pneus e câmara de ar, dentro de 4 ou 5 meses foi trocado o jogo de pneus dos oito ônibus da educação, como se tivesse acabado um jogo de pneus e câmara, a cada 30 dias”.
As afirmações foram feitas durante o Programa ‘Estúdio 1’, da Rádio polo FM, nesta quinta-feira (14).
Outra polêmica na Câmara está por conta da prévia indicação dos nomes para composição da CPI, estabelecida pelo presidente Paulo Floriano (PMDB), e contestada pela oposição. O nome mais contestado é o do filho do prefeito, vereador Jackson Galego (PSB).
Maviael afirma que o presidente da Câmara, que faz parte do mesmo partido do prefeito, estaria fazendo várias manobras para ‘ganhar tempo’ antes de instaurar o caso.
Presidente
O Blog do Ney Lima entrou em contato com o presidente da Câmara, Paulo Floriano (PMDB). A atendente informou que ele não estava no momento, nem passaria o dia com o celular. Em contato a cerca de 10 dias, o presidente afirmou que os procedimentos transcorreriam de forma normal na casa de leis.
Prefeito
Ainda nesta tarde, também buscamos o prefeito Antônio de Roque (PMDB). Em poucas palavras, ele alegou que não existe ‘stress’ em relação às denúncias, e que tudo será “discutido na hora certa e oportuna sem qualquer problema”.