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Especial Ernando Silvestre

Especial Ernando Silvestre

 

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Ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe em duas oportunidades, (1989 – 1992) e (1997 – 2000), Ernando Silvestre da Silva, deu sequência, nesta quarta-feira (30), as entrevistas especiais com ex-prefeitos da cidade, no Programa Rádio Debate.

 

De forma leve e espontânea, o ‘galeguinho’ contou de bastidores em eleições vitoriosas e perdidas, seu afastamento da política local e causos engraçados de sua vida.

 

Outros tempos

 

Ernando foi eleito vereador em 1976, ainda no período em que não recebia salário na função parlamentar. Conta, porém, que os embates mais ríspidos já existiam.

“Nunca deixou de ter as discussões e os embates, mas era mais respeitoso. Quando eu assumi ainda era sem salário, mas depois de uns seis meses começou receber algo que não chegava a ser um salário, era algo irrisório. Era um ‘cala-boca’”, diz aos risos.

 

1988 – Grande desafio

 

O ex-prefeito conta que houve uma disputa interna para escolha do candidato a prefeito do grupo. Após a definição por seu nome, outros pré-candidatos migraram para oposição.

 

“Houve uma disputa para vaga com Dr. Cloves Pacas, Arnaldo Monteiro, Dr. Alexandre e Djalma Bispo. Depois Djalma foi o único que voltou, os demais ficaram na oposição”, relembra.

 

Tendo João Januário como vice, Ernando venceu a dupla oposicionista formada por Oseas Moraes e Zinha Vieira, em disputa considerada umas das mais emocionantes da cidade.

 

1996 – Vitória contra o padre e decepção

 

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Sua segunda vitória para o cargo máximo do município foi contra o Padre Bianchi e Fernando Aragão, em 1996.

 

Ernando conta que durante toda a campanha, manteve equilibrado e sem clima de ‘já ganhou’. Ele considera uma campanha de ‘angústia’ e ‘tensão’.

 

“Desde o início da campanha até o último voto anunciado no rádio. Não achava que estava ganho, achei difícil durante toda a campanha”, conta.

 

Ele acrescenta que após a vitória teve uma decepção na Câmara, ao ver um adversário (José Augusto) sendo eleito presidente da Câmara. O episódio ficou marcado como o dia em que 5 ganhou para 6.

 

“Fiquei decepcionado. Foi algo bem feito. Depois de um ano ou dois, a pessoa que fez ainda jurava que não estava envolvida. A vereadora foi comparada. Até o camarada que deu dinheiro me disse”, falou sem citar nomes.

 

2000 – A derrota para Zé, e seu principal ‘motivo’

 

Concorrendo a sua terceira disputa majoritária, Ernando conheceu sua primeira derrota. Um pleito em que se sentia o vitorioso, o ‘galeguinho’ diz ter conhecimento do ‘fato novo’ que, possivelmente, lhe tirou o mandato.

 

“Tinha o sentimento de vitória. Comandei a campanha com quase 70% as pesquisas só davam ao meu favor”, recorda.

 

De acordo com ele, a briga para retirada da feira da Sulanca do centro da cidade, lhe rendeu o resultado negativo.

 

“Uma das coisas mais marcantes das minhas administrações. Lutei muito para fazer o parque da Sulanca, e minha luta não era apenas contra a oposição era dentro do grupo de situação também”, fala.

 

Com uma oposição ferrenha de José Augusto Maia, na Câmara de Vereadores, ele conta as dificuldades para aprovação do projeto, para retirada da feira.

 

“Zé pegava o carro de som ia para frente da câmara com o pessoal da CDL, vereadores e a guerra era grande para não se aprovar”, diz.

 

Mesmo com a massificação da campanha contra, conta que conseguiu aprovar na Câmara, comprar o terreno (onde anos mais tarde foi construído o Moda Center) e licitar a obra.

 

No fim da entrevista disse se considerar o ‘pai do Moda Center’, pelas lutas do passado.

 

Não foi por Zé

 

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O ex-gestor explicou a ausência no cenário político local, após o pleito de 2000 em que foi derrotado por José Augusto Maia. De acordo com Ernando, o ‘sumiço’ não aconteceu em decorrência do resultado da eleição, mas por questões de negócios pessoais, entre trabalhos e resolvendo problemas de saúde. Ele ainda lembra que o mesmo aconteceu em outros momentos de sua vida pública.

 

“Quando assumi para vereador houve uma prorrogação em que o mandato durou seis anos e depois do mandato fiquei fora até 88 quando me candidataram a prefeito”, diz e completa em seguida. “Posso dizer que ‘me candidataram’ por que eu nunca pensei em ser candidato e depois prefeito de Santa Cruz”.

 

Ele ainda lembrou que após o primeiro mandato de prefeito (1889-1992), em que não era permitida a reeleição, ficou de fora por mais 4 anos.

 

Negativa para vice

 

Ernando confirmou que foi convidado para ser o candidato a vice-prefeito de Edson Vieira em 2012. A negativa, afirma, não foi por problemas com o atual gestor.

 

“Não queria ser candidato, apenas isso. Mas não foi por que Edson era o candidato, apenas não queria”, resume.

 

Ele afirma, caso o convite se repita, que irá pensar na possibilidade, não descartando nem aceitando de vez.

 

 

 

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