O empresário Sebastião Figueiroa, irmão do ex-prefeito de Santa Cruz Toinho do Pará, está entre as cinco pessoas presas na manhã desta quarta-feira (1) na operação “Brucia la Terra”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco.
Os acusados são investigados pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação. A suspeita é de os envolvidos tenham causado um prejuízo de mais de R$ 64 milhões no Detran-PE, no período de março de 2016 a maio de 2020, na administração do ex-governador Paulo Câmara (PSB).
A operação “Brucia la Terra” também tenta cumprir mais duas ordens de prisão preventiva contra dois filhos do empresário: Deyvson Figueiroa e Suellen Figueiroa. Os irmãos são suspeitos de operar em diversas empresas fantasmas do próprio pai. Um irmão e a esposa de Sebastião Figueiroa também foram presos durante a operação.
De acordo com o jornalista Ricardo Antunes, a suspeita é de que os dois filhos de Sebastião estão foragidos, após receberem uma informação privilegiada de que a Polícia Civil GAECO estaria em busca deles na manhã desta quarta-feira (01).
Ao todo, 16 promotores de Justiça e delegados da Polícia Civil, além de servidores do MPPE e agentes da polícia, atuam no cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão.
De acordo com o Ministério Público (MP), as fraudes em processos licitatórios envolveram uma intrincada rede de pessoas físicas e jurídicas, algumas de fachada, resultando em sobrepreços de até 2.425% em alguns itens licitados.
O alcance da operação Brucia la Terra:
36 pessoas físicas e jurídicas foram alcançadas pelo bloqueio de R$ 64.636.943,19 (sessenta e quatro milhões e seiscentos e trinta e seis mil e novecentos e quarenta e três reais e dezenove centavos).
6 pessoas físicas foram atingidas pelo bloqueio de 29 imóveis, dentre apartamentos e imóveis rurais.
28 veículos estão sendo apreendidos.
30 pessoas físicas e jurídicas estão sendo proibidas de efetuar contratos com o Poder Público.
4 pessoas foram afastadas de suas funções públicas e proibidas de ingressar no órgão onde trabalhavam.
Com informações do jornalista Ricardo Antunes