José Augusto Maia é o primeiro entrevistado da Segunda Rodada de Entrevistas, promovida pela Rádio Comunidade FM
Iniciando a segunda Rodada de Entrevistas promovida pela Rádio Comunidade FM, o candidato a prefeito pela Frente Trabalhista Popular, José Augusto Maia falou de suas propostas, da validação de sua candidatura, da polêmica da “Bomba”, que seria revelada em comício e que causou dúvidas entre eleitores e correligionários e também de críticas ao seu principal adversário Edson Vieira.
Confira os melhores momentos da entrevista. Amanhã será a vez do candidato do PV, Cleiton Barboza, entrevista que acontecerá as 11h.
Vitória no TRE e a Validação da sua Candidatura
Sobre a validação de sua candidatura e de como estaria agora o clima de sua campanha, perante os eleitores, o candidato citou também sua inocência perante o TRE e de suas visitas aos fabricos da cidade, citando que pessoas que não conheciam, segundo ele, o seu trabalho, especialmente os mais novatos, “Uns que vieram há mais tempo, já conhecem o meu trabalho, a minha história. Mas aqueles novatos que viam aquilo: “esse cara é isso, esse cara é ficha suja”. A questão cristã também usando nas igrejas: “algumas pessoas.. Tá vendo, você vai votar num cara que é isso, que é aquilo, você olha ai a bíblia…” e aquilo, eu sentia, em toda cidade, esse clima ruim para mim”, afirmou.
Zé falou que, para essas questões, a decisão favorável da justiça veio, de forma, a tirar as dúvidas de seus eleitores se ele era ou não “Ficha Suja” e dar um novo rumo positivo a sua campanha: “Eles estavam com carreatas prontas de que eu ia perder, ai eu ganho de seis a zero. Isso tá mais do que provado que tudo aquilo que eu mostrava que eu era inocente sobre as acusações”. segundo Zé, a partir desse momento a campanha tomou um rumo diferente e positivo a sua campanha.
A suposta “bomba” nos comícios do último domingo, que gerou dúvidas entre eleitores e correligionários
Indagado sobre o que seria a bomba, que seria revelada no comício, teria sido afirmado que muitos eleitores não tinham entendido o que ela seria, inclusive em correligionários, citando que teria havido uma mudança de planos.
Sobre esse assunto, José Augusto Maia respondeu que a “bomba” seria a entrada do processo por compra de votos e de Abuso do Poder Econômico que, segundo ele, pertencente a Edson Vieira: Aquele processo que a gente falava dele, de compra de votos por tijolo, cimento, feiras, inclusive até por jumento, que estava na decisão de primeira instancia, subiu. Ele achava que não subia. No momento em que Zé Augusto é inocentado, ai sobe o caso dele. Está nas mãos do desembargador Roberto Freitas. Aquele que me condenava, aquele que jogou em músicas e tudo, meu nome da rua, caiu sobre seus ombros. Agora começa o processo dele”.
Na mesma fala, José Augusto afirmou que Edson Vieira será julgado, pela corte pernambucana, já que seu processo teria chegado a segunda instancia: “Agora que ele entra pra ser julgado por um crime de Poder Econômico, inclusive com tudo isso que foi mostrado. Foi pego os seus computadores, na outra eleição, no seu escritório. Foi comprovado e isso foi um ponto forte da campanha: O que acusou, agora passou a ser acusado. Ele agora é um condenado que vai ser julgado pela Corte Pernambucana”.
Plano de Governo
Sobre seu Plano de Governo, o candidato falou que, para a saúde, será feito um hospital Microrregional.
Indagado sobre como ele será feito e se isso já seria uma promessa feita em campanhas anteriores, tanto para deputado federal como para prefeito, o candidato respondeu que haverá a venda do antigo hospital municipal, de modo a arrecadar recursos, em forma de permuta, para a construção do novo hospital, em um terreno próximo ao Moda Center: “Nós temos, em frente ao Moda Center, 42 hectares que já tá separado para a construção do novo hospital. Hospital não precisa de ponto. Quando eu fui para Brasília, já sonhando nisso, as emendas de bancadas (indicadas por três deputados), escolhemos equipamentos hospitalares. Foi colocado 150 milhões para o estado e já foram liberados, desses 150 milhões, 31 milhões de reais. Na emenda de bancada, os deputados que indicam, eles tem direito a indicar um terço para onde os recursos vão. Meu terço, que gira em torno de 10 a 11 milhões, eu destinei para equipamentos hospitalares que podem ser para policlínicas, para postos de saúde e, é claro, para o Hospital, especialmente mais para o hospital”.
O candidato afirmou que ficaria de responsabilidade da prefeitura de construir a parte física do hospital e os equipamentos já estão garantidos, devido às emendas de bancada.
Problema da Falta de Médicos no Município e contratação de novos profissionais para o Hospital Microrregional
Depois que o candidato pôs seus argumentos sobre a construção do novo hospital, José Augusto Maia foi indagado a responder sobre como iria resolver o problema da falta de médicos em PSF´s e no Hospital Municipal, já que um novo hospital também careceria de uma demanda maior desses profissionais, que precisariam ser contratados.
Sobre esse assunto, o candidato afirmou que existiria um consórcio de cidades que “vivem ligadíssimas” a Santa Cruz tais como Jataúba, Taquaritinga, Toritama, Vertentes e Brejo da Madre de Deus, citando que parte dos recursos do SUS, que vão para essas cidades, seriam revertidos para o município, de modo a garantir a contratação de mais profissionais: “Parte do dinheiro do SUS deles, seria revertido para aqui. A gente tem dados para mostrar. Na minha época, chegou a atender 25% do atendimento do hospital aqui, vindo de São Domingos. O dinheiro do SUS vai pra o Brejo e quem paga a conta é Santa Cruz, de Jataúba, de Pão de Açúcar, do mesmo jeito. Claro que seus prefeitos tem suas ações de saúde, mas a proximidade é tanta que eles vem para Santa Cruz. Na hora de um hospital Microrregional, uma quarta parte viria desses municípios e seria revertido em cirurgias, exames de alta complexidade, em UTIs. Isso é um consórcio. O SUS tira parte dele e Santa Cruz paga a eles com esses exames, que vão para eles e para toda Santa Cruz”, afirmou.
Jose Augusto citou também que, quando tentou colocar em discussão a venda, em valor de permuta, para a construção do novo hospital, Edson Vieira (na época vereador), teria sido contra e que agora prometiam que iriam fazer o novo hospital.
Uso de parcerias entre a prefeitura e a população para realização de obras
Sobre seu plano de governo, o candidato foi indagado sobre projetos que seriam originados com a verba do município, já que muitas ações viriam de verbas federais. Sobre isso, o candidato afirmou que a cidade “rica, um polo de desenvolvimento” e que o município não acompanharia o crescimento devido ao fato de não haver uma grande arrecadação de impostos. O candidato afirmou que sempre foi contra a fiscalização na cidade e aposta nas parcerias com a população para a realização das obras: “As pessoas ganham dinheiro e constroem, mas Santa Cruz não consegue avançar nesse desenvolvimento. O imposto devido não é pago e não é a solução colocar aqui uma fiscalização e eu sempre fui contra. Você tem como tirar a contribuição do povo com as parcerias”.
O candidato ainda aproveitou para criticar Edson Viera sobre o projeto do Bolsa Renda Municipal, afirmando que o projeto estaria subestimando a inteligência do povo: “O Edson Vieira está dizendo que vai fazer um Bolsa Renda Municipal. Isso é graça, ele não sabe quantos votos ele perdeu porque ele subestimou a inteligência do povo de Santa Cruz, principalmente da juventude”.
Sobre as promessas de seu adversário, sobre a construção de 04 policlínicas, seria “um engodo”, pois elas seriam muito caras para que fossem mantidas somente com verba municipal. Sobre o calçamento de ruas, a sua parceria teria gerado o calçamento de 150 ruas no município.
O candidato citou também que pretende melhorar a arrecadação do município, por meio do recadastramento de imóveis, de modo a gerar mais IPTU para o município, para ser revertido em obras. Zé também afirmou que, se Edson Vieira fosse fazer o hospital, teria que pegar o dinheiro que Zé teria deixado por suas emendas e também falou que, nas suas emendas para equipamentos de hospital, estariam também máquinas para realização de Hemodiálises.
Habitação e a falta de terrenos públicos para projetos habitacionais
Indagado sobre uma das propostas de seu plano de governo, mais precisamente a habitação, por meio de convênios com o “Minha Casa, Minha Vida”. Santa Cruz possui deficiência de terrenos púbicos para tal prática, inclusive com realização de uma CPI sobre o assunto. Zé garantiu que irá desapropriar 100 hectares de terrenos na Zona Rural, já que cada Hectare de terra valeria Cinco mil reais, o que representaria um custo baixo para a prefeitura, para 10 mil casas, mediante doação:
“A deficiência acaba quando o prefeito tem a coragem de desapropriar uma área na periferia de 100 hectares. É só querer. O custo para desapropriação terrenos na Zona Rural é de, no máximo, 5000 reais por hectare”, afirmando que gastaria 500 mil reais para doação de terrenos para construção de 10000 casas populares pelo “Minha casa, Minha vida”, do Governo Federal, com doação desses terrenos com meio fio, energia e pavimentação.
Proibição do Uso da Imagem do Governador na Campanha
Sobre o uso da imagem do governador, proibido mediante o Juiz Eleitoral, graças a um pedido da coligação de Edson Vieira, José Augusto Maia afirmou que teria tido uma conversa com o Governador, onde ele teria afirmado que existe uma resolução que autorizaria o uso da imagem e que isso seria liberado, provavelmente, nessa semana:
“É uma questão só de esperar”, referindo-se que, essa decisão do uso da imagem do governador poderá sair essa semana.
Subida de Eduardo em Palanque Adversário
Sobre a possibilidade de o Governador subir em um palanque, Zé afirmou que isso, segundo ele, não seria favorável, já que ele tem “os dois lados” o apoiando.
Segundo o candidato, isso não seria interessante já que, ao subir em um palanque, desagradaria eleitores do outro lado. Para Zé, Eduardo pensaria na campanha presidencial e necessitaria do apoio de todos: “A politica de Eduardo hoje é uma politica mais alta. Não é para ele interessante fazer de uma cidade tão progressista e ele sabe da minha luta e do meu trabalho”.
A Escolha do Vice
Sobre a escolha de Dr. Nanau como vice, Zé foi indagado sobre afirmações de que o mesmo teria dito, no debate realizado em 2004, na Câmara, que Nanau era “Incompetente” e que não “Entenderia nada de Santa Cruz”. Zé afirmou que Edson Vieira, na época candidato a vereador, fazia parte de um grupo que “não fazia nada” pela cidade e que queria tudo para si. Todo o grupo seria adversário seria “Nadau” e que, na época, seria a “forma Edson Vieira de se fazer campanha”, inclusive, segundo ele, com uso de pesquisas falsas.
Sobre qualquer situação, em que Nanau viesse assumir a prefeitura caso sejam eleitos, José Augusto afirmou que seu vice estaria apto a assumir a prefeitura.
Música da Coligação adversária proibida pela Justiça e uso por José Augusto da mesma estratégia, em campanhas anteriores
Indagado sobre o fato de que a música proibida na campanha de Edson (que citava letras sobre o pula, pula e o desvio de recursos da merenda), não seria uma estratégia que já teria feita por José Augusto no passado, quando concorreu contra o Ex-prefeito Ernando Silvestre, inclusive com uma letra alusiva de “27.700”.
Zé afirmou que, naquela época, a música já era composta e que, essa letra atual da música que foi proibida, teria sido transformada de modo a denegrir sua imagem: “Essa foi transformada para denegrir minha moral”, destacou.
Ao final da entrevista, o candidato fez os agradecimentos aos seus eleitores, falou sobre seu plano de governo, que segundo ele, mostrariam todos os recursos para viabilizar as suas propostas, falou sobre a construção do futuro Distrito Industrial, da construção de um Rodoshopping e outras obras.