Em entrevista concedida ao radialista Alberes Xavier, no programa Cidade em Foco, o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB) falou sobre as eleições 2018 e a possibilidade de voltar a apoiar o governador Paulo Câmara (PSB) para as próximas eleições.
É claro que ambos já não defendem o mesmo terreno para a corrida eleitoral, mas de acordo com o prefeito, sua volta em apoiar o projeto de reeleição de Paulo Câmara está condicionada a vários fatores da conjuntura política, que envolvem nomes como Fernando Bezerra Coelho (PMDB), Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e, em especial, ao nome do senador Armando Monteiro (PTB), sendo este posto como candidato a governador em uma eventual união das Oposições.
“Não tenho condição política, junto com meu grupo, de estar pedindo votos para ele. Somos oposição e sendo candidato (a governador) Fernando, Mendonça ou Bruno, é outra situação. Eles têm ligação com o prefeito Edson Vieira. Não tenho nada de pessoal contra Paulo Câmara e espero que ele ajude Santa Cruz, aumentando investimentos e vamos deixar com mais clareza o que vai acontecer daqui para março, definir verdadeiramente quem terá as suas candidaturas. O candidato que tem posto é Paulo Câmara e eu respeito. Estamos analisando e espero que as coisas aconteçam melhor. A situação de Santa Cruz não pode ser problema para essa região do agreste e vamos ter calma” – frisou.
Mais uma vez questionado sobre se havia possibilidade em voltar a apoiar o projeto Paulo Câmara, ele foi cauteloso, mas reafirmou sua negativa em apoiar Armando:
“Eu comungo com Bruno Araújo e tem um cheiro de mudança no estado, mas vamos ver. Se meu grupo optar por uma candidatura contrária; se o senador Armando Monteiro for o candidato a governador e está claro: que ele terá um palanque de oposição aqui. Eu não acredito que os vereadores que hoje defendem o nome de Marília Arraes e em José Augusto Maia apoiando Armando Monteiro para Governador, que eles estarão contra. Já foi visto que ele é a liderança da oposição e estaremos do outro lado. Não poderemos estar no mesmo palanque. Aqui temos um grupo forte e estaremos no outro palanque, mas quero deixar claro: não vamos antecipar as coisas e muita água vai passar por debaixo dessa ponte. Não acredito que o candidato a governador será Armando e por isso estou conversando com várias lideranças em nosso grupo” – disse.