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E que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor – Por Claudionor Bezerra

Claudionor Bezerra é Bacharel em Teologia e Especialista em Teologia e o Pensamento Religioso; pastor evangélico congregacional; Contador Especialista em Controladoria atuando como Analista Fiscal na COMPESA e Professor no curso de Ciências Contábeis na Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (FACHO). Consultor e sócio na BEZERRA & ASSOCIADOS ASSESSORIA CONTÁBIL.  Casado com Mônica Vilazaro e pai de Miguel Vilazaro Bezerra.

Em 42 a.C., Júlio César foi formalmente deificado como “o divino Júlio” para todo o império romano. Mais tarde seu filho adotado, Otávio (mais conhecido pelo título “Augusto”), em 27 a.C., tornou-se conhecido como “divi filius” (filho do deus). Nesse mesmo período cresceu o culto ao imperador, em cada província governantes locais disputavam quem melhor agradava ao imperador construindo estátuas grandiosas e obrigando as pessoas a reverenciarem como “Kyrios-Senhor” o imperador de Roma. O culto ao imperador não demandava ser exclusivo, as pessoas poderiam continuar reverenciando outros inúmeros deuses existentes no Panteão, esse era apenas mais um.

Espalhados por diversas partes do império romano estavam os judeus e suas sinagogas. Havia, portanto, um acordo que permitia que os judeus mantivessem suas reuniões e não fossem obrigados a cultuar a semelhança dos romanos. Da mesma forma na Judéia respeitou-se o serviço do Templo de Jerusalém e certo nível de administração de questões locais por meio do Sinédrio. Apesar de várias revoltas serem contidas com frequência na Judéia, tudo parecia estar no seu lugar. Até que um grupo de judeus, chamados de cristãos pela primeira vez em Antioquia da Síria, agora percorriam o império convencendo judeus e romanos que havia um único Deus. Que esse Deus enviou o Messias esperado pelos judeus, que ela era o Filho de Deus e o Senhor de toda a terra! Você consegue imaginar o tamanho do problema?

A mensagem de Cristo foi recebida no império romano como sendo altamente subversiva. Eles não apenas não adoravam os deuses romanos, eles se recusaram a adorar o imperador romano como “filho de Deus” e “Senhor”, e mais: eles estavam comprometidos a levar essa mensagem para que outros se tornassem tais como eles. Não deu outra: foram perseguidos, torturados e mortos, mas a mensagem do Evangelho prevaleceu! Isso porque o EVANGELHO é exatamente isso: a mensagem de que há um REI, e seu Reino não é deste mundo, pois não se estabelece pela força, como era o reino de César. Era um reino que não privilegiava alguns em detrimentos de outros, mas enxergava cada ser humano como sendo alvo do amor de Deus e chamava cada ser humano para ser parte da família de Deus.

Os tempos hoje são outros, mas a mensagem é exatamente a mesma. O Evangelho continua sua marcha subversiva, rejeitando os ídolos do nosso tempo, recusando se inclinar aos “senhores” do panteão do século vinte e um, sejam eles sem rosto e sem estátua, tais como o materialismo, consumismo, a vida líquida das redes sociais e tudo o mais que desumanize e destrua a vida humana. A mensagem do Evangelho não mudou, talvez precisamos reconsiderar se já não é hora de abrirmos os olhos e romper com aquilo que diminua ou se oponha a confissão mais básica dos primeiros cristãos, “para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fp.2.10,11).

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