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Mau exemplo na Câmara

Baixaria nos corredores entre Deomedes Brito e Zé Minhoca faz Junior Gomes encerrar reunião antes do previsto

 

A décima sessão ordinária do semestre, que foi realizada na noite de ontem (08) na Câmara, ficou marcada não pelos discursos ou pela apresentação e votação projetos e requerimentos, mas sim pela troca de ofensas pessoais entre dois parlamentares nos corredores da casa de Leis.

 

Depois de discursarem na tribuna, Zé Minhoca (PSDB) e Deomedes Brito (PT) se dirigiram para os corredores e protagonizaram uma grande troca de ofensas pessoais.

 

Entenda como começou a discussão

 

Segundo a usar da tribuna, o vereador Deomedes Brito denunciou que a gestão Vieira teria perdido recursos federais vindos da Caixa Econômica Federal para a construção de uma cozinha comunitária.

 

O recurso teria sido perdido porque, segundo Deomedes, a atual gestão não pagou a contrapartida de 10%, valor exigido para que obras com recursos federais possam ter sua verba liberada para execução.

 

O documento lido pelo petista, que afirma que o recurso foi perdido, data de 30 de dezembro de 2011.

 

Em seguida, Zé Minhoca fez o uso da tribuna, rebatendo as palavras de Deomedes. O vereador tucano acusou Deomedes de ser “mal preparado para o cargo de vereador” e de “de pegar um documento vindo da Caixa Econômica e não saber ler”.

 

Zé Minhoca rechaçou Deomedes, afirmando que a verba não foi perdida na gestão Vieira e sim na gestão do ex-prefeito Toinho do Pará (PHS) nos anos de 2011 e 2012 e completou que o atual governo ainda continua a pagar contas herdadas da antiga gestão.

 

Depois do discurso, Deomedes cobrou do presidente da Câmara Junior Gomes (PSB) para que Zé Minhoca tivesse mais respeito na tribuna e afirmou que não seria analfabeto.

 

A briga nos corredores

 

Quando o vereador Helinho Aragão (PTB) discursava, a discussão entre os parlamentares começou nos corredores, com trocas de acusações e palavrões e, por pouco, não partiram para agressão física, sendo contidos por Ernesto, Afrânio e também pelos servidores.

 

Por fim, Junior cancelou a reunião, meia hora depois do seu início, lamentando o ocorrido.

 

“Vamos tomar alguma atitude por esse ato que ocorreu, não no plenário da Casa, mas nos corredores”.

 

A punição

 

A punição mais possível a ser adotada é a suspensão por 30 dias dos parlamentares, sem recebimento de salários. Espera-se, durante o dia, que os parlamentares se retratem publicamente do vexame que causaram.

 

Ouça o trecho da reunião em que os ânimos se exaltaram. O áudio obtido é de uma gravação, via celular, da transmissão de ontem pela Rádio Vale AM: >>>Discussão

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