Delegados Dr. Julio Cesar Porto, Dr. Neêmias Falcão (Dinter I) e Dr. Vitor Leite falam sobre o caso – Foto: Rodrigo Miranda/G1
Na manhã desta segunda-feira (04) foi realizada a coletiva de imprensa, na cidade de Caruaru, que trouxe o resultado final das investigações sobre o assassinato de Ashley Yasmin Ferreira da Silva.
A criança, com apenas 03 anos, foi morta de forma brutal em 26 de junho, em uma residência de um assentamento no Sítio Algodão, zona rural de Taquaritinga do Norte.
O acusado, José Antônio dos Santos Irmão (51 anos) foi o autor do feminicídio, que também tentou matar a avó (com que tinha um relacionamento conjugal) e o bisavô da criança (um idoso de 80 anos), foi preso no último sábado (02), após uma denúncia anônima.
Durante a entrevista, concedida ao repórter Adielson Galvão com exclusividade, o delegado Dr. Victor Leite, que está à frente das investigações, citou que o acusado teria uma conduta possessiva e confirmou que a criança foi morta como forma de vingança contra a atual mulher. Ele também revelou detalhes das investigações.
“Elas apontam que ele era um indivíduo extremamente possessivo em relação as companheiras que ele tinha. A companheira de Caruaru foi assassinada e ele condenado a 18 anos de reclusão e essa companheira de Taquaritinga, ele alegando que ela não lhe dava o amor necessário, a única saída que ele entendia ser justificável naquele momento, era matá-la. Tentou matar o sogro, não conseguiu e como não conseguiu matar os dois, descontou toda sua raiva na criança, que estava dormindo na hora” – disse.
O delegado citou ainda que o assassino passa a responder, além da morte da criança, por outros crimes: duas tentativas de homicídio e também a condenação a 18 anos de cadeia pela morte da ex-mulher, crime ocorrido em 2011, também em Caruaru.
“Espero que ele pegue a pena máxima por esses crimes” – disse o delegado, que completou que ele está no presidio de Santa Cruz do Capibaribe, preso ainda de forma preventiva, mas o mandado de prisão deve ser expedido nos próximos dias.
Confira a entrevista na íntegra, que tem a participação do delegado Dr. Julio Cesar Porto, da 17ª Delegacia Seccional. Ele também fala sobre o caso.