Com pouca participação popular, audiência que debateu o combate a violência contra a mulher é realizada em Santa Cruz
Aconteceu na manhã desta segunda-feira (03), no plenário da Câmara de Vereadores, uma audiência pública em alusão aos 07 anos de criação da Lei Maria da Penha. Audiência debateu temas como sexismo na educação e os desafios da lei que combate a violência contra a mulher.
Integrando a mesa do evento, estavam o presidente da câmara Junior Gomes (PSB), o secretário de articulação política Gilson Julião representando o prefeito do município, a secretária estadual da mulher Thaysa Soares, a coordenadora municipal da mulher Clarissa Carvalho, o delegado Dr. Alberes Costa, o Major Souza Filho representando o 24 Batalhão da Polícia Militar e as vereadoras Jéssyca Cavalcanti (PTC) e Narah Leandro (PSB).
O presidente da câmara Junior Gomes considerou o tema importante e acusou o Estado de omissão na prevenção dos crimes contra a mulher.
“Quando a mulher é agredida, é em consequência do que o Estado deveria fazer e não fez” apontou.
A vereadora Narah Leandro lamentou o fato de a mulher ter pouca participação na política para lutar por seus direitos e enfatizou a importância do debate acerca da violência.
“A violência contra a mulher é um assunto que deve ser extremamente abordado, denunciado e debatido entre toda a sociedade” disse Narah.
Narah também criticou o não comparecimento dos representantes de escolas, que foram convidados para o evento.
Já na fala de Clarissa Carvalho, coordenadora municipal da mulher, foram apresentados dados que mostraram a realidade santa-cruzense dentro do contexto de crimes à mulher.
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De acordo com ela, Santa Cruz do Capibaribe ocupa a posição 152ª nacionalmente e 14ª em relação aos índices de violência contra a mulher. Porém, Clarissa relatou que tem se conseguido avanços significativos ao longo do ano, especialmente no atendimento as mulheres vítimas de violência.
Outros temas abordados relataram o preconceito passado pela mulher agredida, assim como as dificuldades de denunciar os agressores a polícia ou aos órgãos que lidam com esse tipo de violência.
“Para a mulher sair da condição de violência é algo possível, mas é necessário que se crie uma rede que faça com que a ela não se ache culpada da violência que sofre” pontuou.
Apesar da importância da audiência, a pouca participação do público evidencia a falta de interesse na sociedade para debater esse tema, fato enfatizado por todos os palestrantes.