OS DESAFIOS DE BOLSONARO
Antes da posse, a euforia é constante. As comemorações não cessam, pois o adversário foi derrotado e a expectativa do que ocorrerá é, geralmente, positiva. O eleito e os seus aliados mais próximos não enxergam riscos, apenas bonança. O vitorioso precisa ser prudente. Descartar a euforia. Alertar aos assessores que riscos estão postos. E atrelados a eles, os desafios. Neste instante, o discurso de Bolsonaro ainda é de euforia. Quais são os desafios de Bolsonaro?
O principal desafio é animar a economia. Quando falo isto, alerto que economia animada não significa, apenas, ações bombando. As pessoas querem bem-estar, independente da renda. Os eleitores das classes C e D desejam ir ao Shopping, comprar uma TV, almoçar em um restaurante e aproveitar o verão na praia com a família e uma boa cerveja. A classe média sonha em viajar, sem abandonar o plano de saúde, ou a escola particular dos filhos. Os ricos desejam ficar mais ricos. A classe E quer conquistar dignidade.
Para alcançar o primeiro desafio, Bolsonaro precisa conversar com o Congresso. Não desprezar políticos, em particular, os membros do MDB, Centrão e PSL. Não adianta insistir no desejo do fim do toma-lá-da-cá. Este existirá. Nenhum político vai conquistar desgaste em troca de nada. Muito menos em troca de um abraço do presidente Bolsonaro. Político gosta de voto e de estar no poder. Fazer bem aos políticos é o segundo desafio do presidente eleito.
Se a prioridade é a economia, por que perder tanto tempo debatendo temas morais? Se Tereza não comprar uma nova TV para assistir a Copa América, ela vai reclamar. Embora, o chefe do Executivo continue a falar em Escola sem partido. A aplicabilidade da Escola sem partido é impossível. E não é prioridade para o eleitor. A prioridade é posto de saúde aberto com médico e recuperação do poder de compra. Portanto, o presidente Bolsonaro deve desprezar temas morais e gastar as suas energias com a economia.
Até o instante, a competente equipe econômica de Bolsonaro, não falou em políticas sociais. O Brasil é pobre. Não adianta viver no mundo do Instagram. O Brasil requer políticas sociais agressivas. Portanto, o último desafio de Bolsonaro é alinhar recuperação da economia com promoção do bem-estar econômico para todos. Sabendo que as classes C, D e E precisam de políticas sociais focalizadas. Os desafios são nítidos. Basta apenas, o presidente agir!
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