Bairro São Miguel pede ruas calçadas, médicos e policiamento
Em 26 de junho de 2015, realizamos nossa primeira Caravana do Cuscuz no bairro São Miguel, em Santa Cruz do Capibaribe.
Nosso anfitrião foi o músico Gautier Gomes e nosso levantamento se refere à parte mais antiga do bairro.
O objetivo da Caravana é andar pelas ruas e conversar com os moradores. A todos fazemos a seguinte pergunta: “O que a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe pode fazer para melhorar a qualidade de vida no seu bairro?”.
A partir das respostas encontradas, realizamos um apurado sobre os principais problemas e as soluções apontadas, na visão dos moradores. Ao final, confraternizamos na casa do anfitrião, que oferece um cuscuz aos voluntários.
A falta de segurança – Terceiro pior problema, segundo os moradores entrevistados
A falta de segurança recebeu 16 das 69 citações apuradas no bairro São Miguel.
Pudemos observar que não houve citação de casos específicos de violência, o que talvez reflita a falta da sensação de segurança, na verdade.
As soluções apontada pelos moradores foram:
– Aumentar o patrulhamento (rondas policiais), com 14 citações.
– Instalar um trailer ou um posto policial no bairro, com 02 citações.
Apesar da responsabilidade pela segurança pública ser do Governo do Estado, sugerimos, como já houve no passado, que a Prefeitura firme parcerias com a Polícia Militar, inclusive com contrapartida de recursos, para melhorar o policiamento do bairro e atender a essa importante demanda da população.
A falta de médicos – segundo pior problema, segundo os moradores entrevistados
Uma grande surpresa a nossa equipe foi observar a grande dificuldade dos moradores do bairro de São Miguel em ter acesso a consultas médicas.
No bairro existe, segundo os moradores, apenas um posto de saúde em funcionamento, em que há atendimento médico apenas às quartas-feiras. A insuficiente prestação de serviços médicos foi citada 17 vezes.
As soluções apontadas pelos moradores foram:
– Colocar médicos no posto de saúde (mais horários e maior número de fichas de atendimento), com 09 citações;
– Instalar um novo posto de saúde no bairro, com 06 citações;
– Disponibilizar mais remédios no posto (às vezes também faltam medicamentos), com 01 citação;
– Melhorar o atendimento (trato com a população), 01 citação.
Ainda na área de saúde, descobrimos que existe deficiência na cobertura dos agentes de saúde (algumas casas não recebem visitas) e de atendimento médico domiciliar.
A falta de calçamentos nas ruas – O principal problema do São Miguel, segundo os moradores
A maioria das ruas que percorremos não está calçada! Observamos que existe saneamento no bairro (o que é um ponto positivo) e não encontramos pontos de esgoto a céu aberto.
Foram 18 citações para o calçamento das ruas e esse clamor fica evidente e se justifica quando se anda pelo bairro. As ruas de terra batida e alto fluxo de veículos automotores provocam muita poeira e agravam os problemas respiratórios, sobretudo para os alérgicos, as crianças e os idosos.
Uma vez por mês, quando chega água, segundo os moradores, os canos da Compesa rotineiramente vazam, o que provoca lama e põe em risco a estrutura de alvenaria de algumas casas (aliás, a falta de água também recebeu bastantes citações como problema).
A óbvia solução apontada para essa demanda foi calçar as ruas do bairro e, para a nossa surpresa, encontramos moradores inclusive dispostos a pagar pelo calçamento, tamanha é a necessidade!
E o cuscuz?
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Ao final, já cansados e famintos, Jaci, a esposa do nosso anfitrião nos preparou um delicioso jantar, com queijo assado, galinha e muito Cuscuz!
Ficamos gratos a essa família que nos acolheu e nos acompanhou em nossas visitas! Quer a Caravana do Cuscuz no seu bairro? Entre em contato conosco através da página de Francisco Zacarias no Facebook (www.facebook.com/xicozacarias).
Nosso movimento é social e visa levantar os problemas que mais afligem a população de cada bairro.
Por isso convidamos toda a classe política e as autoridades competentes de Santa Cruz do Capibaribe para nos acompanhar em nossas visitas.
Por Dr. Francisco Zacarias.
As opiniões aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador