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Lula e o Futuro

 

Desde a era Collor, Luís Inácio Lula da Silva foi o presidente da República que findou o mandato com a maior taxa de aprovação popular. Pesquisa do Datafolha revelou que em outubro de 2010, Lula obtinha 83% de aprovação (Bom/Ótimo).

 

Neste mesmo ano, Lula contribuiu decisivamente para o sucesso eleitoral da então candidata a presidente Dilma Rousseff. Pesquisa do Datafolha divulgada em abril deste ano mostrou que 50% dos brasileiros consideram Lula o melhor presidente da História do Brasil.

 

Turbilhão de notícias negativas é associado ao ex-presidente Lula desde 2014. A má avaliação da presidente Dilma Rousseff, as denúncias de corrupção contra o PT e o mal estar da economia são eventos que são associados à imagem do ex-presidente. Porém, Lula continua a fazer política e é considerado pelo PT, empresários e imprensa como provável candidato na próxima eleição presidencial.

 

Qual é o futuro de Lula? O desgaste da imagem do PT inibe, atualmente, uma nova candidatura de Lula a presidente. A imagem do PT está fortemente associada a de Lula. Embora, pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau realizada em Pernambuco em novembro de 2010 tenha mostrado que independente do partido de Lula, 93% dos sufragistas pernambucanos desejavam o seu retorno à presidência da República.

 

Em uma nova disputa presidencial, o desgaste da marca do PT pode vir a influenciar negativamente o desempenho eleitoral do ex-presidente – Hipótese. Obviamente, que a recuperação da popularidade da presidente Dilma Rousseff e o arrefecimento das notícias de corrupção contra o PT poderão fortalecer a candidatura de Lula em 2018.

 

Porém, alguns cenários precisam ser vislumbrados. Se a presidente Dilma não recuperar fortemente a popularidade, ou seja, ter, em meados de 2018, cerca de 30% de aprovação popular, certamente a nova candidatura de Lula perderá ímpeto. A reduzida popularidade da atual presidente inibe a recuperação da popularidade da marca PT. Deste modo, os desempenhos do PT e de Dilma entre os eleitores estão intrincados, e ambos condicionarão a nova candidatura de Lula a presidente.

 

Entretanto, considerando o sucesso do ajuste fiscal apresentado por Joaquim Levy, o controle da inflação, a retomada lenta do crescimento econômico e a eficácia dos programas sociais, prevejo a possibilidade de Dilma alcançar 2018 com cerca de 40% de aprovação. Deste modo, Lula seria o candidato do PT a presidência da República?

 

Observo que não. Em 2018, parte majoritária dos eleitores estará ansiosa por novos atores e agendas. O discurso e a imagem de Lula não contemplarão as novas demandas dos sufragistas. Lula será admirado. Mas certamente, os passados bom e ruim serão associados a sua imagem. Portanto, prevejo que um novo candidato do PT surgirá em 2018.

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As opiniões aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador.

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