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Após quase oito anos, acusados de matar garoto Flânio são condenados a 29 anos de reclusão cada

Foto: Reprodução/TV Jornal.

 

Encerrou na noite desta sexta-feira (28), o julgamento dos quatro acusados de assassinar a criança Flânio da Silva Macedo (9 anos) em julho de 2012 na zona rural de Brejo da Madre de Deus. A sessão foi presidida pelo juiz Abner Apolinário, e ocorreu no Fórum Thomaz de Aquino, no Centro do Recife.

A fase de interrogatórios se encerrou na tarde da quinta-feira (27) e retornou na manhã desta sexta-feira (28), a partir das 9h. Os acusados são Genival Rafael da Costa “Pai Véi” (62 anos); Maria Edileusa “Filó” (51 anos); Ednaldo Justo dos Santos “Pai Nau” (33 anos); e Edilson da Costa Silva “Pai Deni” (31 anos).

O caso teve repercussão nacional, quando o garoto Flânio foi encontrado morto e nú, com as mãos e pés atados e decapitado, na entrada do Sítio Camarinhas, no distrito de São Domingos, em Brejo, onde no local foram coletados amuletos, recipientes de bebidas alcoólicas, pedras, ossos e buquês de flores (Reveja AQUI).

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), representado pelo promotor de Justiça José Edivaldo da Silva, e o assistente de acusação Laelson Teixeira da Silva sustentaram a tese de condenação dos quatro acusados pelos crimes de estupro de vulnerável e homicídio qualificado com motivo torpe, emprego de meio cruel e com fins de assegurar a execução, ocultação ou imputação de outro crime.

“Os elementos presentes nos autos demonstram que eles (os acusados) atraíram Flânio, sob o pretexto de contratar um frete. Edinaldo e Genival o estupraram e mataram, com evidente crueldade, contando com a colaboração de Edilson e Maria Edileuza”, detalhou o promotor de Justiça, dirigindo-se aos integrantes do Conselho de Sentença durante a sessão.

O promotor de Justiça deixou questionamentos de quem teria financiado os honorários dos advogados da defesa, e suspeitou também da participação de no máximo mais outras duas pessoas envolvidas no caso, e que supostamente teriam encomendados o ato criminoso.

Após o julgamento, a Justiça determinou que os quatro acusados fiquem 29 anos presos.

“Pai Nau”, “Pai Véi” e “Pai Deni”, 20 anos, pelo crime de homicídio e 9 anos por estupro, já a ”Filó” foi condenada a 29 anos de reclusão, porém, teve três anos a menos na pena por ter confessado o crime, totalizando assim 26 anos de prisão.

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