04
abril

Acusado de participação nas mortes de policiais militares durante confronto em Santa Cruz é condenado a mais de 62 anos de reclusão


Welligton Kleber de Lima Santos foi condenado pelos assassinatos do Soldado André Silva e do Sargento Moacir Pereira


Foi submetido a julgamento durante esta quarta-feira (03), na Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz do Capibaribe, Welligton Kleber de Lima Santos (25 anos), acusado de ter participação em uma ação criminosa que resultou nas mortes do soldado André José da Silva e o sargento Moacir Pereira, em julho de 2019, quando houve uma troca de tiros entre bandidos e policiais no município.



Segundo as investigações na época, criminosos fortemente armados em um veículo de modelo Fox, assaltaram um supermercado no bairro Dona Lica, em Santa Cruz. Após este delito, houve um intenso confronto e perseguição entre a PM e os assaltantes, que resultaram na morte do PM André Silva, e deixou naquele momento, o Sargento Moacir ferido.


Em seguida, os criminosos fugiram em direção à Paraíba, onde no trajeto abandonaram o veículo utilizado na ação criminosa. Na manhã do dia seguinte, as PMs de Pernambuco e da Paraíba desencadearam uma operação conjunta afim de capturar os elementos, o que culminou nas mortes de oito suspeitos, entre eles um vereador da cidade de Betânia.



Os corpos dos suspeitos foram colocados em viaturas da PM e conduzidos para o município de Santa Cruz, de onde foram encaminhados para o IML de Caruaru. 18 dias depois do confronto, o sargento Moacir acabou não resistindo aos ferimentos e faleceu no Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru, onde estava internado.



Durante o júri, além dos dois crimes de mortes ocorridos na época, o acusado também foi julgado por uma tentativa de homicídio. O Ministério Público (MP) sustentou a tese de que Welligton Kleber tinha envolvimento nas três ações criminosas acima citadas, e que também “integrava uma organização criminosa com o fim específico de praticar assaltos, e delitos…” – diz trecho da decisão.


Ao final do julgamento em votação secreta e por maioria dos votos, o Conselho de Sentença acabou condenando o acusado em 62 anos, seis meses e 15 dias de reclusão, pelos delitos de homicídio e organização criminosa. A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado, e foi negado ao réu o direito de recorrer em liberdade.

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