“Trataram a Petrobras como empresa de fundo de quintal”, afirma Mendonça Filho

Na avaliação do deputado Mendonça Filho, líder do Democratas na Câmara Federal, a Petrobras foi tratada como uma empresa de fundo de quintal na operação de compra da refinaria de Pasadena (EUA). O parlamentar mostrou indignação com o novo fato publicado nesta sexta-feira (28/3) pelo jornal O Globo de que a decisão da aquisição da empresa foi tomada às pressas com um parecer fechado em apenas 20 dias.

“Trataram a Petrobras como uma empresa de fundo de quintal. Uma empresa desse porte não pode ter uma gestão da forma como ocorreu nesse caso. A Petrobras está de fato mergulhada em suspeições tanto no resultado com prejuízo de mais de R$ 1 bilhão como na forma passando por cima de todas as regras de boa governança corporativa”, destacou o líder democrata.

Segundo a matéria, a Petrobras envolveu um prazo muito curto de uma auditoria, conhecida como due diligence, considerada fundamental em processos de aquisições e fusões. Nesse parecer entram avaliações jurídicas, financeiras e operacionais. O jornal buscou informações com especialistas que afirmaram que essa etapa da operação leva em média de dois a três meses. A própria consultoria contratada pela estatal para fazer a auditoria alerta que pelo tempo exíguo seria recomendável uma nova avaliação de dados realizada pela petroleira nacional.

“Todas essas revelações que não param de surgir apenas respaldam o empenho do parlamento de instalar uma CPI para investigar a empresa. Está muito claro que essa operação foi tramada no submundo ignorando toda a racionalidade administrativa. Não poderia ter outro resultado que o enorme rombo nos cofres da estatal”, opina Mendonça Filho.