Vitrine de talentos ameaçada?

Mesmo com poucos apoiadores, projeto cultural “Reunião entre Amigos” volta a atrair bom público no Parque Florestal

Reunião 01 — Com boa variedade de estilos musicais, evento trouxe bom público em mais uma edição. Fotos: Thonny Hill.

No último domingo (31) aconteceu mais uma edição do projeto cultural “Reunião entre Amigos”.

Consolidado como uma das principais vitrines de artistas do segmento alternativo local, o projeto acontece sempre no último domingo de cada mês.

A edição do mês de maio foi marcada pela mistura de ritmos, com atrações locais que se alternaram entre a MPB, o baião, o rap, a música romântica internacional e também o punk-rock, além de apresentação instrumental. Confira algumas das atrações que se apresentaram:

Projeto Ímpar trouxe o rap regado a letras de protesto e de situações do cotidiano das periferias..

Professores Zack e Gustavo, além do instrumentista Eddyie Beat-box trouxeram os clássicos românticos do rock internacional.

Paula Voices e Paulo Roberto interpretaram músicas da MPB e do rock nacional.

Já Beth Morfina trouxe composições próprias e o ritmo do punk-rock.

Falta de apoio ameaça continuidade do projeto, afirma um dos organizadores

Apesar de ser uma ação cultural que agradou especialmente a classe jovem, a Reunião entre Amigos volta a conviver com as dificuldades que podem fazer com que o projeto seja encerrado.

Em entrevista concedida ao blog, o músico Paulo Roberto, um dos organizadores, afirmou existem dificuldades no tocante a repasse de recursos pela gestão municipal.

Em 2013, o projeto recebeu uma subvenção do governo de aproximadamente R$ 14 mil que custearam, segundo Paulo, o aluguel de equipamentos de som e a compra de outros como uma mesa de som, cabos, microfones e amplificadores, além do conserto de outros.

O projeto também conta com apoio de algumas empresas privadas que, com o cenário de crise, cortaram investimentos ao projeto cultural.

Para este ano, segundo o músico, nenhum centavo do poder público foi repassado ao projeto e a esperança agora é conseguir apoio da Câmara de Vereadores.

Questionado sobre qual a motivação para que um incentivo maior seja dado ao projeto por parte da classe política, o músico foi enfático.

“Na questão de verba, eu até entendo eles (classe política), estamos em um momento de crise e isso não é novidade, mas eu creio que o principal que a gente esperava é que eles estivessem aqui vendo as necessidades tentando melhorar aos poucos… Chamar a gente para conversar, ver qual é a melhor posição do parque, fazer um minipalco, porque a gente precisa de um minipalco, e deixar os refletores, se possível, durante o ano aqui porque a gente usa. Eu acho que falta eles acreditarem mais no projeto.”, disse.