Moradores de Fazenda Nova protestam contra falta d’água
A ideia era chamar a atenção do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que assistiria a pré-estreia do espetáculo, na última sexta-feira (27)
Sem água nas torneiras há quase sete anos, alguns moradores de Fazenda Nova, Agreste pernambucano, decidiram realizar um protesto pacífico, em frente a cidade teatro da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém.
A ideia era chamar a atenção do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que assistiria a pré-estreia do espetáculo, na última sexta-feira (27). “Não queremos fazer bagunça, apenas falar com o governador e deixa-lo ciente da situação em que estamos vivendo”, pontuou o professor Sivonaldo Melo, um dos organizadores do ato.
A movimentação nas proximidades do teatro chamou a atenção do governador. Acompanhado do deputado estadual e ex-prefeito de Caruaru, Tony Gel, Câmara atendeu a solicitação e conversou com os manifestantes. O gestor do Executivo ressaltou que os problemas com a falta d’água afetam todo o estado. No entanto as medidas cabíveis seriam tomadas para solucionar a questão o mais breve possível.
“Nossa equipe conversou com os responsáveis e eles nos deram um prazo até a terça-feira (31) para apresentar uma solução. A gente está com dificuldade em todo estado em relação à água, pois estamos no quarto ano seguido de estiagem. Mas sabemos o quanto isso deve ser priorizado. Me comprometo junto a todos a encontrar uma saída para dar continuidade a essa obra, para que no próximo ano não tenha essa dificuldade de 2015”, afirmou o governador.
Mas a população rebateu as justificativas do governo ao dizer que o problema não seria a seca, mas as obras da adutora que não estariam prontas para executar a distribuição. “Nas barragens têm água, pois Jesus tem mandado chuva. É incompetência da Compesa mesmo. Não é culpa do governo, nem das barragens, mas da Compesa que não faz a distribuição da água”, reclamavam os manifestantes.
Paulo voltou a explicar a população que o problema da distribuição da água é ocasionado justamente pela paralisação das obras da adutora e reafirmou o compromisso com a finalização da respectiva obra. “Para distribuição da água é necessário fazer uma obra que já se iniciou, mas foi paralisada. Então a ideia é justamente retomar essa obra para resolver o mais breve. Pedimos para a Compesa passar uma estimativa para a resolução da obra que irá proporcionar a distribuição de água”, concluiu Paulo Câmara.