A queda
Tenho dito há tempos que a pré-candidatura de José Augusto Maia era difícil politicamente e juridicamente, mas a QUEDA veio antes e foi proporcional à grandiosidade que Zé acha que tem e com resultados inimagináveis até por seus adversários. O certo é que o roteiro daria para fazer um dramalhão mexicano e, por fim, pareceu isto mesmo.
O fato é que José Augusto Maia vem sentido o gosto amargo que ele servia aos adversários e, em uma articulação por espaço, o PROS, partido de Zé, decidiu que a melhor opção seria estar junto com Eduardo Campos e a Frente Popular (formada por 20 partidos) para atingir seus objetivos a nível estadual e federal e, foi neste ponto, onde começou o inferno astral de Zé, pois ele é aliado de Armando, tendo ido para o PROS em uma nítida jogada para garantir a legenda para o grupo minguado do senador.
Se deu mal e teve uma grande derrota política, pois com a negativa de seguir as recomendações da Direção Nacional do partido, José Augusto foi destituído da presidência estadual da legenda e teve que aceitar o alinhamento do PROS ao projeto de Paulo Câmara ao governo de Pernambuco.
Se colocando como vítima de um complô, o parlamentar apenas atesta que está perdido politicamente e que não enxerga que quando o cenário é estadual ele apenas estava à margem de quem realmente tem articulação e prestígio e esta “jogada” não era simplesmente para “prejudicar” Zé Maia, pois, para citar como exemplo, Zé Queiroz, filiado há 28 anos ao PDT e presidindo o mesmo partido há 20 anos, pode ver o diretório local sofrer igual interferência e se alinhar ao adversário de Queiroz, mas isto Maia via com bons olhos, pois era do interesse de seu grupo.
Com tudo isso as alternativas para Zé são poucas e a maioria desalentadora. A mais provável é que ele aproveite a “oportunidade” e saia da disputa, evitando o desgaste que viria mesmo ele conseguindo liberação da justiça eleitoral por liminar, pois ainda assim os votos permaneceriam insuficientes. Acho que a única possibilidade de candidatura, mesmo que remota, seria se o PROS estivesse em uma chapinha com o PP, onde José Augusto Maia poderia teimar, mas no final o resultado tenderia a sofrer mais uma derrota.
VAPT-VUPT
A hora de Ernesto? – Caso o vereador Ernesto Maia continue com a intenção de se tornar líder do grupo, a oportunidade lhe bate a porta. Mudando de estratégia e conseguindo convencer o grupo, poderia ser o candidato a Federal de Armando nas bases que herdaria de Zé, além tornar Toinho único pré-candidato a estadual, ou seja, resolviam dois problemas com uma solução.
Pontapé inicial – Começaram as convenções partidárias e, com elas, o jogo político passa a ter maior claridade e, aí sim, veremos, de fato, como o jogo será jogado e quem conseguirá atender as expectativas e quem surpreenderá. O Mundial de futebol dividirá um pouco as atenções, mas na política as cartas estarão postas à mesa.
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