A minha homenagem ao nosso Ara
Como é difícil escrever sobre a morte de um amigo. Mais difícil ainda é escrever sobre a morte de um amigo do quilate de Raimundo Francelino Aragão Filho, o nosso inesquecível Aragãozinho.
Ara foi uma daquelas pessoas que jamais sairão da nossa memoria. Homem simples, amado por pessoas simples. Lembro-me do episodio quando Ara fez uma cirurgia no olho, que um ônibus de pessoas da zona rural da cidade de Jataúba foi visita-lo em Caruaru. A casa ficou repleta de pessoas e Dona Janete tentava da atenção a cada um, dos que se amontoavam pra ver e ouvir Ara.
Eu ouvi muito as histórias que Ara contava. As historias de quando ele era prefeito, as dificuldades que passou, as alegrias da sua campanha vitoriosa. Mas sem duvida, o seu olho brilhava quando ele falava da sua profissão. Ara cumpriu o juramento medico com muito amor e dedicação. Lutou e salvou a vida de muitos. Lutou muito pela sua vida, foi um guerreiro. Pois acho que essa palavra é a que melhor define ele, guerreiro. Vindo de uma família que não era abastada financeiramente, lutou por sua profissão. Foi candidato em uma eleição que ninguém do seu partido quis ser. Porque a derrota era dada como certa, Ara venceu. Lutou pra ter uma família, construiu uma linda.
Ara how Ara, como você já está fazendo falta. Você partiu e deixou nos nossos corações além da dor, a certeza que homens como você estão ficando cada vez mais raros. Fica aqui a minha singela homenagem ao nosso Ara. E dizer por fim, a Dona Janete, Renata e Camila, que sei que a dor é gigante, mas deixem um pedaço no coração de vocês em meio a toda essa dor, para o orgulho do que foi esse guerreiro Aragãozinho. Santa Cruz jamais te esquecerá, Ara.
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