30
maio
Série Especial: Violência Silenciosa
A violência contra a mulher envolve os atos que se manifestam por meio das relações entre homens e mulheres, no âmbito doméstico e a violência sexual, e acontece independentemente da faixa etária e classe social.
A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará, 1994) define tal violência como “qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto privada”.
Cercada pelo silêncio, esse tipo de violência é um problema social e cultural que exige políticas públicas específicas que incluem a prevenção e a atenção integral. Presente à séculos na sociedade, apenas em 2006, as mulheres ganharam uma proteção jurídica com a Lei Maria da Penha (Lei Nº 11.340), que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, além de estabelecer medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Números do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, divulgado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres e pelo Dieese, mostram que quatro entre cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica.
Em Pernambuco, o governo criou seis núcleos de acolhimento para proteger as vítimas de violência doméstica com risco de morte e lançou um programa para proteção, punição, prevenção, assistência e produção de conhecimento, porém, no ano passado, 207 mulheres foram assassinadas vítimas de violência doméstica e familiar e cerca de 220 cidadãs e seus dependentes com menos de 18 anos foram acolhidas pelos centros, nos últimos 03 anos.
Em todo o estado de Pernambuco apenas nove cidades possuem delegacia especializadas no atendimento às mulheres vítimas de violência: Recife, Caruaru, Jaboatão, Petrolina, Surubim, Paulista, Garanhuns, Goiana e Cabo de Santo Agostinho.
Em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, o índice de violência contra a mulher está em torno de 92 casos por ano. Com um índice considerado alto, apenas há pouco tempo o Centro de Referencia da Mulher foi criado e só este ano começou a funcionar devidamente. Os casos de violência são atendidos na delegacia de Polícia Civil e há demanda para uma delegacia especializada.
Em todo o Brasil foi disponibilizado no número 180 para denunciar casos de violência contra a mulher. Em Pernambuco, as cidadãs podem solicitar orientações sobre seus direitos através do 0800.281.8187. No município de Santa Cruz do Capibaribe, as agressões devem ser comunicadas na delegacia de Polícia Civil ou no Centro de Referência da Mulher.
30
maio
Blog do Ney Lima lança, a partir de hoje, mais uma série de reportagens especiais, dessa vez abordando a Violência contra a Mulher.
A série “Violência Silenciosa” terá entrevistas com o delegado Wagner Volpi, a psicóloga Verônica Valadares, o drama de quem vive diariamente as agressões e a necessidade de denunciar.
Mostraremos também a impressão de quem não vive diretamente essa realidade que afeta toda a sociedade. Acompanhe!
23
maio
Às escuras
Pessoas ficaram esperando a energia ser reestabelecida na unidade. Fotos: Thonny Hill e Fernando Lagosta.
Na noite desta quarta-feira (22), mais uma falta de energia elétrica expôs a fragilidade enfrentada pelas unidades hospitalares do município, causando transtornos aos usuários das duas unidades de saúde.
O problema mais grave aconteceu no hospital Materno Infantil, onde o local ficou sem energia por quase uma hora e meia.
De acordo com informações de populares, a falta de energia se deu por volta de 21h30 e o gerador do Materno Infantil só funcionou apenas por alguns instantes.
A princípio, pessoas que estavam na frente do Hospital relataram que ouviram de funcionários que o gerador estava sem combustível. Duas pessoas, em uma moto, foram buscar um galão de óleo diesel em um posto de gasolina.
Mesmo sem energia, atendimento médico continuou a ser realizado
Nesse meio tempo, o atendimento médico continuou a ser realizado, mas a iluminação da unidade estava sendo feita por luzes de emergência. Mesmo com o combustível, que chegou por volta de 21h50, o gerador não voltou a funcionar.
Cerca de 15 minutos depois, uma equipe de eletricistas da prefeitura, formada por Geraldo Santino, Junior Lino e outras pessoas, chegaram ao local e inicialmente foi constatado por um deles que o gerador não estava conseguindo transferir energia para o hospital.
O mesmo só voltou a funcionar por volta de 22h20, mas a demanda exigida pela unidade hospitalar era maior do que a que o gerador poderia suprir, continuando assim a falta do fornecimento segundo Junior Lino, eletricista da prefeitura.
Foi então que foi um gerador locado foi solicitado e chegou à unidade hospitalar às 22h43.
A energia só foi reestabelecida as 23h02, após a rede elétrica da CELPE ser cortada e o gerador ser instalado diretamente no painel de força, que fica na parte frontal do Materno Infantil.
Junior Lino relatou também que o gerador, para suprir a unidade, deveria ter o dobro da potência, já que o que lá está tem 30 Kva de força.
Falta de energia no Hospital Municipal foi breve
Já no Hospital Municipal, a falta de energia durou cerca de 15 minutos. De acordo com as informações colhidas no local, o gerador daquela unidade hospitalar começou a funcionar assim que houve a queda de energia, ficando em operação por cerca de 10 minutos.
Após isso, o gerador apresentou defeito em uma peça e o fornecimento de energia foi interrompido. Poucos minutos depois, a equipe de eletricistas (a mesma que esteve depois no Materno Infantil) se dirigiu ao local e fez os reparos necessários, sendo a energia reestabelecida por volta das 22h.
21
maio
Blog nas ruas
Pontos como esse, na Avenida Deputado Emílio Cavalcante (Nova Santa Cruz), são comuns. Fotos: Thonny Hill e Fernando Lagosta.
Na tarde desta terça-feira (21), a equipe do Blog esteve por vários pontos da cidade que possuem terrenos baldios e foi constatada uma triste realidade: o acúmulo de entulho e lixo.
Em vários bairros de Santa Cruz do Capibaribe, o problema ocorre com mais frequência em áreas privadas e são ocasionados por vários fatores tais como a inconsciência e a sensação de impunidade por parte da população, aliados a falta de uma maior fiscalização por parte da prefeitura.
Em vários pontos dos Bairros Nova Santa Cruz, Santa Tereza, Cruz Alta, São Cristóvão, São Jorge, Palestina, às margens da PE-160 entre outros locais, estão completamente tomados pelos materiais descartados, em grande maioria resíduos domésticos e de construções residenciais.
Vale ressaltar que, em muitos desses locais, a prefeitura também fez o processo de limpeza a exemplo de pontos do Bairro Nova Santa Cruz, PE-160 entre outros, mas mesmo assim o lixo e entulho continuam sendo jogados, de maneira irresponsável por boa parte da população.
Confira as várias imagens:
21
maio
Mais perto da solução
Depois de restaurado, gerador do Hospital Municipal é novamente posto em funcionamento. Foto: Ascom prefeitura (arquivo).
Em nota enviada aos meios de comunicação, a prefeitura municipal informou sobre o funcionamento dos geradores que estão presentes nas duas unidades hospitalares do município.
O gerador do Hospital Municipal já foi restaurado e está servindo a população desde o dia 23 de abril, restando para ser restaurado o que abastece, em casos falta ou pane elétrica, os serviços do Materno Infantil.
De acordo com a prefeitura, a unidade geradora que está no Materno é alugada, mas que até a próxima semana o gerador restaurado será novamente posto em funcionamento. De acordo com informações apuradas pelo blog, há pelo menos cinco anos esse gerador não funcionava.
Lembrando que a última grande falta de energia no município, ocorrida no último dia 08 de abril e noticiada por este blog, expôs a fragilidade das duas unidades de saúde quanto ao problema da manutenção dos serviços em caso de falta de energia.
O fato (clique na palavra destacada para visualizar a postagem anterior) também foi alvo de debates acalorados entre os vereadores das duas bancadas.
19
maio
Boatos
Área dos terminais de atendimento da agência localizada no bairro São Cristóvão ficou completamente lotada. Fotos: Thonny Hill.
Na tarde deste domingo (19), centenas de pessoas beneficiárias do Bolsa Família se deslocaram a agências da Caixa Econômica Federal de Santa Cruz do Capibaribe após o boato espalhado de que hoje seria o último dia para o pagamento do programa e recebimento de um suposto abono, também relativo ao benefício.
Como em várias cidades do país, foi também registrado tumulto nas agências bancárias no município e a formação de grandes filas.
Algumas pessoas relataram que, depois de mais uma hora na fila, conseguiram sacar o dinheiro do Bolsa Família, de maneira antecipada ao calendário, mas nenhum suposto abono foi adicionado.
Na agência situada em frente à praça Teonilo Silvestre, no centro da cidade, houve também grande movimento, mas que diminuiu nesta tarde pela falta de dinheiro nos caixas eletrônicos.
Entramos em contato com a Caixa Econômica e nos foi informado que o programa do Governo Federal, que beneficia milhões de pessoas em todo o país, não será extinto, que a correria dos beneficiários foi causada por um boato e que o calendário para retirada do benefício continuará normalmente.
Avisos afirmando que o programa não seria extinto chegaram a ser afixados nos vidros das agências, mas não ajudaram em nada a diminuir as filas e passam desapercebidos pela maioria dos beneficiários.
17
maio
Do leitor
“Hoje mais que nunca, estamos sem saber o que acontecerá a cada um de nós no amanhã. Os assaltantes têm deixado os populares em pânico. Carros, motos, pequenos objetos e ataque a residências são algumas das modalidades.
Os estabelecimentos comerciais, esses aí já nem se fala de tanto que sofrem. O que poderá ser feito? Quem poderá nos ajudar? Não me respondam que é o Chapolin Colorado porque a coisa é séria.
Discursos bonitos não resolvem. Culpar os políticos, também não. Mas nós precisamos tomar uma atitude. Precisamos buscar alguma forma de escaparmos dessa tormenta sem fim. Todas as manhãs já podemos até antecipar o noticiário das rádios locais.
E isso não é privilégio nosso apenas. Somos mais uma cidade na mira dos malfeitores. Redução de maioridade penal, reforma no código penal brasileiro, construção de mais presídios. São notas que ouvimos sempre. Chega de falácias. Queremos ação.
O cidadão e a cidadã de bem, precisam tomar – com urgência – uma atitude que busque trazer à responsabilidade quem comanda os poderes nesse pedaço de chão em que vivemos.
Os menores zombam da nossa cara de susto. Os maiores escalam estes para assumirem os delitos. E nós? Até quando ficaremos presos sem termos cometido crime algum? Precisamos de pessoas mais comprometidas com a segurança dessa massa trabalhadora que vive refém de marginais que faz pouco caso de nós”.
Jota Oliveira – Professor e Escritor
* As opiniões expressadas por nossos nossos leitores são de responsabilidade dos mesmos e não deste blog.
15
maio
Novas moradias
Área destinada aos comtemplados que ficaram esperando pelo sorteio das casas ficou lotada. Fotos: Thonny Hill e Ascom.
Na manhã desta quarta-feira (15) foi realizado o sorteio para a entrega das casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que ficam localizadas no Loteamento Jaçanã I, próximo ao Bairro do Santo Agostinho.
O evento aconteceu no Cabana Clube, onde representantes da prefeitura, da construtora e da Caixa Econômica Federal (CEF) falaram sobre o programa para as centenas de pessoas presentes.
O prefeito Edson Vieira (PSDB), juntamente com o vice-prefeito Dimas Dantas (PP) e o deputado estadual Diogo Moraes (PSB) destacaram a importância da entrega das casas, focando também a inclusão de 62 famílias que pertencem as favelas do Papelão e da Cohab.
Diogo Moraes, Dimas Dantas e Edson Vieira também usaram do momento para apontar, segundo eles, que falhas na gestão anterior não incluiram moradores das favelas do Papelão e Cohab.
“Estamos acabando com o problema de duas favelas: a favela do Papelão e da Cohab. Isso é apenas o começo”, destacou Diogo Moraes.
“Corrigimos uma grande injustiça com a lista que foi feita na gestão passada. Esqueceram as pessoas que mais necessitavam destas casas”, pontuou Dimas Dantas.
“Essa administração não alterou lista nenhuma. Como é que uma administração publica não poderia incluir as favelas do Papelão e da Cohab?! Não quero fazer aqui uma injustiça e sim, justiça”, enfatizou Edson Vieira.
Linha de financiamento para os contemplados terá dez 10 anos de duração
Em seguida, o gerente de Alienação de bens da CEF, Sidney Correia, deu explicações sobre vários procedimentos que deverão ser tomados de agora em diante, desde a vistoria, entrega e manutenção dos mesmos pelos contemplados.
Além disso, ele explicou que as parcelas que deverão ser pagas pelos contemplados em um prazo de 10 anos, com valores que variam de R$ 25,00 a R$ 80,00, foram postas com base na renda familiar, não podendo ultrapassar 5%.
Os imóveis foram avaliados em R$ 43.000,00, sendo a maioria desse valor subsidiado pelo Governo Federal.
Sidney falou também sobre os valores dos imóveis e das parcelas que deverão ser pagas pelos contemplados durante 10 anos de financiamento.
O Secretário de Cidadania e Inclusão Social Gilson Julião revelou que mais 139 casas também serão construídas após a entrega dos imóveis nessa primeira etapa, que será realizada em junho.
A senhora Maria do Livramento de Lira, uma das contempladas, falou sua emoção ao saber que receberá a sua casa.
“Graças a Deus essa hora chegou. Estou muito feliz e agora é só esperar a chave para que eu e minha família possamos dar adeus de vez ao aluguel”, destacou.
13
maio
Denúncia
Falta de lençóis e banheiro interditado prejudicam atendimento a pacientes da ala de observação. Fotos: Thonny Hill.
No início da noite deste domingo (13), nossa equipe flagrou que o Hospital Municipal está passando por mais alguns problemas, especialmente na ala de observação.
O banheiro daquela ala está interditado, o que faz com que os pacientes tenham que se deslocar até o banheiro da recepção para fazer suas necessidades.
Outro problema presente é a falta de lençóis. Flagramos que as camas estavam descobertas e sem travesseiros. Muitos dos acompanhantes dos pacientes nos relataram que estavam trazendo lençóis e travesseiros de suas próprias residências.
Uma das funcionárias do plantão, que não será identificada, nos relatou que não havia lençóis suficientes na unidade para atender a demanda.
10
maio
Após uma visita ao gabinete do deputado federal Sérgio Guerra (PSDB), o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), recebeu a notícia que o município pode ganhar uma UPA-2. Guerra já havia garantido recursos para construção de três novas creches no município, que serão construídas no Gavião (Palestina), Dona Lica e outra localidade a ser definida.
Já estavam alocados R$ 1,5 milhões para implantação de uma UPA-1, que seria construída nas proximidades do Moda Center Santa Cruz, agora, com a possibilidade da vinda de outra modalidade de UPA, os investimentos ficam na ordem de R$ 3 milhões.
Esta modalidade de UPA contempla municípios que dispõem de uma população superior a 100 mil habitantes e atua no segmento de baixa e média complexidade. A unidade contará com estrutura para realização de exames, atendimento de urgência, sala de imobilização (gesso), inalação, coleta, observação e raio-x entre outras.
“É com satisfação que recebemos esta boa nova. Uma UPA-2 vai atender toda cidade com procedimentos que vão além da UPA-1. Nosso esforço está concentrado para termos uma saúde de qualidade, muito já foi feito, sabemos das dificuldades, mas muita ainda está por vir”, disse o prefeito.