31
março
Cultura de luto
Visivelmente abalada, única filha se despede da mãe que figurou como um dos ícones da cultura local. Fotos: Thonny Hill.
A manhã desta terça-feira (31) está sendo de tristeza e comoção, em especial para a cultura em Santa Cruz do Capibaribe, que está de luto com a morte de uma de suas principais representantes: a forrozeira Neidinha, viúva do músico e cantor Dedé Sanfoneiro.
Neidinha faleceu ontem (30) no Hospital Municipal, em decorrência de um câncer no pâncreas, diagnosticado há cerca de quatro meses. Neste momento, políticos, familiares e amigos acompanham o velório, que está sendo realizado na Rua Padre Ibiapina, Nº 62, bairro Centro.
Dois pequenos murais retratam momentos vividos pela forrozeira, que já dividiu os palcos com vários artistas santa-cruzenses.
Visivelmente abalada, a única filha do casal, Meirilane Rafaela Silva falou com nossa reportagem e adiantou que uma série de homenagens serão realizadas em frente ao cemitério São Judas Tadeu (cemitério velho), onde ela será sepultada por volta das 16h.
“Ela era uma mulher de personalidade forte. Lembro-me muito dela e também de Dedé Sanfoneiro. Os dois eram um casal muito engraçado. Na morte dele, em 2001, ela, mesmo com o sofrimento, encarou tudo aquilo com força e muita naturalidade. É uma perda irreparável para a cultura santa-cruzense.”, Marcondes Moreno, blogueiro e radialista.
“Me lembro do maior momento dela como artista. Ela cantando “Feijão de corda com carne de sol, manteiga de garrafa e farinha quebradinha… A gente come, come e se lambuza”. No momento em que ela cantava essa música, ela passava três minutos ao vivo na Band, que estava dando flashs do São João de Caruaru, no palco principal, isso em 2001. Ela cantou para mais de 120 mil pessoas e, poucos dias depois, Dedé morre. Dividimos palco por vários anos e é uma lacuna muito grande para Santa Cruz do Capibaribe.” – Hildo Teixeira, cantor, radialista e comentarista político.
“Para mim foi uma honra ter participado, ter dividido palco com ela em duas passagens. Uma foi no antigo “quengão”, onde estávamos com uma participação e outra foi em uma churrascaria, no bairro Polis Pacas. Faz tempo, mas tinha um evento no rádio em Santa Cruz chamado “Mesa de Bar” e ela cantou umas três músicas conosco, inclusive uma música de Diana. Pouco a pouco, o forró autêntico está acabando e a morte dela é uma grande perda para nossa cultura.” – Jabson Nunes, blogueiro, cantor e repórter policial.
“Ela foi uma mulher guerreira, vencedora. Construiu amizades e nunca desistiu das dificuldades. Ela foi até o fim da vida mantendo um sentimento de justiça contra a pessoa que provocou o acidente de seu esposo e mais ainda com esse problema de saúde. Ela enfrentou tudo com naturalidade e fica um exemplo de mulher guerreira. Temos em nossa cidade muitos homens que cantam forró, mas a poesia nordestina cantada por mulheres são muito poucas, se conta a dedo. É o momento de retribuir e para se fazer as homenagens a ela no São João de nosso município.” – Egídio Amorim, radialista.
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30
março
Protesto
Sem água nas torneiras há quase sete anos, alguns moradores de Fazenda Nova, Agreste pernambucano, decidiram realizar um protesto pacífico, em frente a cidade teatro da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém.
A ideia era chamar a atenção do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que assistiria a pré-estreia do espetáculo, na última sexta-feira (27). “Não queremos fazer bagunça, apenas falar com o governador e deixa-lo ciente da situação em que estamos vivendo”, pontuou o professor Sivonaldo Melo, um dos organizadores do ato.
A movimentação nas proximidades do teatro chamou a atenção do governador. Acompanhado do deputado estadual e ex-prefeito de Caruaru, Tony Gel, Câmara atendeu a solicitação e conversou com os manifestantes. O gestor do Executivo ressaltou que os problemas com a falta d’água afetam todo o estado. No entanto as medidas cabíveis seriam tomadas para solucionar a questão o mais breve possível.
“Nossa equipe conversou com os responsáveis e eles nos deram um prazo até a terça-feira (31) para apresentar uma solução. A gente está com dificuldade em todo estado em relação à água, pois estamos no quarto ano seguido de estiagem. Mas sabemos o quanto isso deve ser priorizado. Me comprometo junto a todos a encontrar uma saída para dar continuidade a essa obra, para que no próximo ano não tenha essa dificuldade de 2015”, afirmou o governador.
Mas a população rebateu as justificativas do governo ao dizer que o problema não seria a seca, mas as obras da adutora que não estariam prontas para executar a distribuição. “Nas barragens têm água, pois Jesus tem mandado chuva. É incompetência da Compesa mesmo. Não é culpa do governo, nem das barragens, mas da Compesa que não faz a distribuição da água”, reclamavam os manifestantes.
Paulo voltou a explicar a população que o problema da distribuição da água é ocasionado justamente pela paralisação das obras da adutora e reafirmou o compromisso com a finalização da respectiva obra. “Para distribuição da água é necessário fazer uma obra que já se iniciou, mas foi paralisada. Então a ideia é justamente retomar essa obra para resolver o mais breve. Pedimos para a Compesa passar uma estimativa para a resolução da obra que irá proporcionar a distribuição de água”, concluiu Paulo Câmara.
26
março
Direto do WhatsApp – Blog nas ruas
Na manhã desta quinta-feira (26) o leitor Edivaldo Filho residente no bairro Santo Agostinho em Santa Cruz do Capibaribe um saneamento estourado que passa em frente à Cheche Escola Júlia Oliveira da Silva, que fica situada na Rua Serafim Gonçalves. Onde na oportunidade, diversas crianças que são levadas para a Creche sofrem com a fedentina do local.
Outro problema destacado pelo leitor foi que após as chuvas, a rua ficou intransitável e com diversos buracos.
“Isso é uma falta de respeito com as pessoas que residem nesta rua e principalmente para as crianças que estudam na Creche, onde já se viu a rua de uma Escola Municipal sem calçamento e sem um saneamento de qualidade”, relatou.
Confira o vídeo enviado pelo leitor:
Nossa equipe de reportagem voltará no local em 10 dias para verificar se alguma providência foi tomada.
26
março
Direto do WhatsApp
O leitor Cicero Pedroza, que reside no Centro de Santa Cruz do Capibaribe entrou em contato com a nossa redação para relatar a sua indignação sobre alguns pontos comerciais que estão obstruindo as calçadas.
A imagem acima enviada pelo leitor, mostra mesas de uma lanchonete colocadas em uma calçada na Rua Francisco Barros no bairro São Cristóvão.
“Eu gostaria de fazer um apelo e alertar as autoridades pelos desrespeitos contra os pedestres, que tem o seu direito de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e isso vem sendo desrespeitado há vários anos”, desabafou.