16
novembro
Projeto alerta importância de se prevenir contra o diabetes
Além de aferição de pressão, diversas atividades foram desempenhadas na ação de saúde – Fotos: Ascom.
Na última sexta-feira (13) foi realizada, na Câmara de Vereadores, mais uma edição do “Dia do Azul”, projeto de conscientização e prevenção do diabetes.
O projeto, de autoria do vereador Ronaldo Pacas (PSDC), ofereceu diversas atividades gratuitas como palestras com psicólogos, nutricionista e fisioterapeuta, testes de glicemia, aferição de pressão arterial e ginástica laboral, além de encaminhamentos de casos suspeitos de diabetes para realização de exames.
De acordo com a assessoria de imprensa do vereador, 220 pessoas foram atendidas, 20 a mais que a edição anterior.
O projeto contou com o apoio de profissionais da Secretaria de Saúde do município.
13
novembro
Prefeituras pedem socorro para enfrentar surto de virose
Reunião aconteceu em Santa Cruz do Capibaribe, cidade mais atingida pelo surto entre as cinco representadas – Fotos: Thonny Hill
Na manhã desta sexta-feira (13) foi realizada uma reunião com Secretários de Saúde e representantes da pasta de quatro cidades do Polo de Confecções que são atingidas com o surto de virose.
Estiveram presentes o secretário de Saúde de Santa Cruz do Capibaribe (Brejo Feitosa), de Brejo da Madre de Deus (Vanessa Conceição), de Toritama (Edvânia Tavares) e representantes da área de saúde do município de Jataúba. A ausência registrada foi a do secretário de Saúde de Taquaritinga do Norte, Ronaldo Veiga, que também não enviou representantes a reunião.
O Governo do Estado foi representado pelo Dr. Efraim Naftali, diretor da IV Gerência Regional de Saúde (GERES), que compreende 32 municípios.
Em pauta, a discussão para criação de um relatório contendo dados relacionados ao surto de virose para que seja entregue, em mãos, ao Secretário de Saúde de Pernambuco, José Iran da Costa Junior.
De acordo com o que foi anunciado, o relatório terá dados como a quantidade no número de atendimentos registrados em cada uma das cidades até o momento, fotografias que mostram as unidades de saúde superlotadas de doentes, além de uma pauta de reivindicações por mais apoio por parte do Governo do Estado, já que algumas dessas cidades alegam falta de recursos financeiros, de medicamentos em quantidade suficiente e também médicos e enfermeiros para atender os pacientes.
Inicialmente, cada um dos secretários e representantes apresentaram dados sobre a quantidade de atendimentos que foram realizados desde o início do surto em cada uma das localidades.
Neste quesito, Santa Cruz do Capibaribe lidera a lista com 2024 casos notificados até então, sendo 261 deles confirmados para casos de dengue.
Já quando o assunto é a quantidade de atendimentos a pacientes com suspeita de virose, o município enfrenta crescimento gradual a cada mês.
No mês de setembro, foram registrados 6138 atendimentos no Hospital Municipal, a maioria deles a pessoas com sintomas da virose. Já no mês de outubro, esse número saltou para 8963 e do dia 01 até o dia 11 de novembro, já foram registrados 4050 atendimentos.
Já no Hospital Materno Infantil, os números apresentados no mês de novembro apontam 2878 atendimentos, mas não foi revelada a quantidade de casos confirmados ou notificados com suspeita de dengue ou virose.
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Na apresentação do secretário Breno, foram divulgados os locais com maior número de casos de pessoas com sintomas da doença. Puxam a lista os bairros Nova Santa Cruz, Bela Vista e Pedra Branca, seguidos de Santo Agostinho, Neco Aragão / Jaçanã, Armando Aleixo / Acauã, São Cristóvão e Bairro Novo.
Esses locais, de acordo com o secretário, irão receber reforço no combate ao mosquito, através da aplicação de fumacê com a UBV Pesada (carro que faz a aplicação).
Já os bairros com menor incidência de casos e áreas de difícil acesso receberão ações de fumacê através da UBV Leve (bomba carregada nas costas pelo profissional de saúde).
A secretária de Saúde de Toritama, Edvânia Tavares, fez uma das falas mais fortes quanto ao surto de virose. De acordo co ela, Toritama se viu em uma situação em que não estava preparada de nenhuma forma para enfrentar o surto, enfatizou que a qualidade da água pode ser um ponto para a disseminação da virose e foi mais além: implorou por ajuda dos municípios envolvidos e do Governo do Estado para enfrentamento do problema.
Uma notícia positiva que foi anunciada na reunião é que o larvicida usado para combater focos do mosquito em áreas residenciais pelos ACE – Agentes de Controle de Endemias – foi finalmente liberado.
Um novo estoque foi destinado a Caruaru na manhã desta quinta-feira e já deverá ser distribuído em mutirões no município e nas cidades de Jataúba, Taquaritinga, Jataúba e no distrito de São Domingos (de Brejo) a partir de segunda-feira (16).
Para Santa Cruz do Capibaribe, de acordo com o secretário, mutirões já devem ser iniciados a partir da mesma data.
Um tema em comum foi abordado por todos na reunião: a importância da população o auxílio ao enfrentamento da doença.
De acordo com dados divulgados, 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor não só da dengue, mas também da Febre Chikungunya e a Zika Vírus, estão concentrados no interior das residências.
Uma das causas, segundo os secretários, é a situação de seca enfrentada nos municípios que fazem com que a população armazene água em locais sem a devida proteção.
“Isso é uma das principais causas que estamos detectando para proliferação dos focos do mosquito” – disse Vanessa Conceição, secretária de saúde de Brejo da Madre de Deus.
Ao final da reunião, foi definido que, com a confecção do relatório, a reunião com o Secretário de Saúde de Pernambuco já pode acontecer na semana que vem.
De acordo com o secretário Breno Feitosa, tudo depende de uma disponibilidade da agenda do mesmo, mas que o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), está articulando junto ao Governador a possibilidade.
13
novembro
Última reportagem da série “Surto de Virose”
Embora vivencie momentos de mais tranquilidade, único hospital de Taquaritinga do Norte ainda recebe diversas pessoas diariamente com sintomas do surto – Fotos: Thonny Hill
Concluindo nossa série de reportagens sobre o surto de virose que acomete cidades da região, a equipe formada pelo jornalista Thonny Hill e pelo radialista Agnaldo Silva seguiu para o município de Taquaritinga do Norte.
Visitamos as Unidades de Saúde da Família (USF) dos distritos de Pão de Açúcar, Gravatá de Ibiapina, Vila do Socorro e também o Hospital Municipal local e conferimos de perto as demandas do dia de cada um desses locais.
Confira o que foi apurado pela equipe.
Um dado muito preocupante está associado ao distrito de Pão de Açúcar, local que, segundo profissionais tanto do Hospital Municipal de Taquaritinga como das USFs, a maioria dos casos tem se originado do distrito.
De acordo com a recepcionista da unidade hospitalar, mais de 80% dos casos de pessoas com sintomas do surto (febre, dor de cabeça e no corpo, inchaço nas articulações, dificuldade de movimentação, enjoo, vômito, manchas vermelhas) são originados de Pão de Açúcar.
O município está registrando uma média de 80 a 120 atendimentos diários, contando-se também casos de atendimentos vindos de outras localidades como Santa Cruz do Capibaribe, Vertentes entre outros.
“Nós temos duplicado ou mais a quantidade de atendimentos que foram realizados nesses casos. As pessoas, na sua grande maioria, têm sido atendidas” – disse o secretário de Saúde Ronaldo Veiga.
Visitamos também as duas policlínicas da localidade e foi relatado pelas enfermeiras-chefe das USFs que a demanda de pessoas doentes fez os atendimentos mais que dobrarem nas unidades em um período de 15 dias.
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Um fator lembrado pelo secretário é a proximidade com o Rio Capibaribe que, segundo ele, contribuiu com o surto, mas que a principal causa é a falta de combate aos focos dentro das residências.
A causa também foi lembrada nas outras cidades já que, segundo estudos do Ministério da Saúde, mais de 80% dos focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti estão em ambiente domiciliar.
De acordo com o secretário, outro problema alertado é a falta do larvicida fornecido pelo Governo Federal, o produto é utilizado, especialmente, para matar as larvas dos mosquitos Aedes aegypti, principal vetor na transmissão do surto.
Segundo Ronaldo, o produto tem faltado há quase três meses e enfatizou que medidas também já estão em andamento no distrito na tentativa de diminuir o surto, mesmo sem o larvicida.
“Temos tomado algumas medidas como a realização da Blitz Ambiental, palestras, ido as rádios para levar orientação, realizamos visitas itinerantes as casas das pessoas com a equipe da Secretaria de Saúde combatendo a dengue e dando informações. Nessas áreas ais críticas, estamos realizando o fumacê. Vamos continuar com esse trabalho nas próximas semanas até diminuir esses casos” – disse.
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Hospital teve que ser reabastecido por duas vezes com materiais e medicamentos devido a demanda inesperada de pacientes
Outra informação que foi apurada é que no Hospital Geral Severino Pereira da Silva está enfrentando a falta de medicamentos que, segundo Ronaldo Veiga, se dá devido ao aumento de pacientes.
A informação foi repassada pelo médico da unidade, Dr. Genésio de Oliveira, que chegou a cogitar o fechamento do local em virtude da falta de medicamentos para serem administrados aos pacientes.
“Liguei várias vezes para o prefeito Evilásio (PSB) e ele não me atendeu. Liguei para o promotor Dr. Iron Miranda e também liguei para o secretário de saúde. Cheguei a cogitar fechar a unidade por falta de medicamentos nesta quinta-feira quando comecei o plantão. Ainda bem que os medicamentos chegaram pela manhã” – disse o médico.
Nossa equipe chegou a flagrar a chegada de mais medicamentos e materiais como cateteres e seringas ao hospital, como forma de reabastecer a unidade de saúde.
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O surto de virose também começa a chegar na zona rural, mais precisamente nos distritos de Gravatá de Ibiapina e Vila do Socorro.
Em Gravatá de Ibiapina, dois casos foram notificados, sendo eles uma adolescente de 17 anos e uma criança de 3 meses. Ambas já não sentem mais os sintomas da virose segundo Ana Paula, enfermeira chefe da USF.
Já em Vila do Socorro, 20 pessoas já chegaram a procurar a unidade na quarta e quinta-feira,mas não foram atendidas pelo médico da unidade.
De acordo com a técnica de enfermagem do local, Anny Frota, na quarta-feira o médico estava em uma capacitação na cidade de Caruaru sobre como atuar com os doentes e na quinta-feira estava prestando atendimentos nas comunidades de Mateus Vieira, Sítio Oitís e Sítio Tatus.
Nossa equipe conversou com uma dona de casa que reside no distrito de Pão de Açúcar, local de onde mais acontece casos de vítimas com o surto.
De acordo com a senhora Maria Luciene Bezerra, boa parte da sua família já foi atingida pelo surto.
“Oito pessoas de minha família estão doentes, incluindo eus filhos, meu pai, meu irmão meu neto e meu pai, que até internado foi. Eu entrei aqui de cadeira de rodas, meu filho mais velho… Todos estamos assim, estou andando dura. Todo mundo caiu de domingo a tarde e as dores só aumentam. Sou forte, impulsiva e teimosa. Vim mostrar exames que já fiz e desejo melhoras para mim e para todos que estão com essa virose – disse.
Um fato que chamou a atenção foi que a diretora do Hospital Geral Severino Pereira da Silva não quis falar com a nossa equipe de reportagem.
Nossa equipe se dirigiu a unidade hospitalar por três vezes. Na primeira delas, realizada ainda na última segunda-feira (09), ela não se encontrava na unidade.
Já na quinta-feira (12), fomos mais uma vez a unidade e a mesma estava em horário de almoço, período que foi respeitado pela equipe.
Com o retorno da equipe, mesmo autorizada pelo secretário de saúde local a responder questionamentos, a mesma não quis se pronunciar sobre o local que gere e ficou “jogando” para a recepcionista a responsabilidade de passar dados relativos a quantidade de atendimentos prestados, sem que a mesma pudesse ter acesso.
Diante do episódio, entramos em contato com o secretário no mesmo instante e o informamos que aguardávamos na unidade de saúde e que o mesmo ligaria para a diretora. Pouco tempo depois, a mesma chegou de forma ríspida e ironizando a equipe de reportagem, depois de mais de 20 minutos de espera. A equipe então se retirou do local.
12
novembro
Comerciante não resiste e morre no Recife
Faleceu na manhã desta quinta-feira (12) no Hospital da Restauração (HR), José Romildo da Silva, conhecido como “Dé da Piaba” (43 anos), o mesmo era proprietário de um bar em São Domingos, distrito de Brejo da Madre de Deus.
“Dé” foi vítima de uma tentativa de homicídio, na noite do último dia 31 de outubro, quando foi atingido entre a nuca e a coluna cervical (relembre o caso clicando AQUI).
Ele foi conduzido ao Hospital Regional do Agreste (HRA) em Caruaru e então, encaminhado ao Hospital da Restauração (HR), porém não resistiu aos ferimentos e foi a óbito por volta das 6h da manhã de hoje.
12
novembro
Policial sofre lesão no joelho durante perseguição
Na noite desta quarta-feira (11), o efetivo da ROCAM realizava rondas na Passagem Molhada do Rio verde, em São Domingos, distrito de Brejo da Madre de Deus.
Na ocasião, o policiamento percebeu um veículo transitando em atitude suspeita, ao visualizarem a presença da viatura, os condutores empreenderam fuga e, durante o acompanhamento aos suspeitos, o policial Machado, perdeu o controle da motocicleta e caiu.
O policial foi socorrido e encaminhado para o hospital municipal, que foi atendido e constatou que ele teria sofrido uma lesão no joelho direito.
11
novembro
Terceira reportagem da série “Surto de Virose”
Recepção cheia de doentes a procura de atendimento se tornou cena corriqueira no Hospital Municipal Nossa Senhora de Fátima – Fotos: Thonny Hill
Dando sequência a nossa série de reportagens sobre cidades que vivenciam o surto de virose, a equipe formada por profissionais do Blog do Ney Lima e da Rádio Polo FM mostra a realidade vivenciada pela cidade de Toritama.
A equipe seguiu para o município na última segunda-feira (09) e o que se viu na unidade hospitalar local é a presença de uma recepção cheia de doentes, que podem esperar mais de duas horas na fila para conseguir atendimento com um dos dois médicos plantonistas.
Com pouco mais de 35 mil habitantes segundo dados do IBGE, o município é outro que enfrenta a lotação de seu único hospital devido ao surto, além de enfrentar problemas comuns as outras cidades como a demora no atendimento e poucos recursos profissionais a disposição dos doentes.
Para se ter uma ideia do problema, informações vindas de nosso correspondente, Evandro Balla, dão conta que mais de 1000 pessoas foram atendidas, a grande maioria com sintomas associados ao surto, no último fim de semana.
Segundo a secretária de saúde do município, Edvânia Tavares, a quantidade de atendimentos dobrou, saltando de 120 para mais de 250 atendimentos, sendo que 70% são de pessoas que reclamam dos sintomas associados ao surto. Esses casos são, segundo a secretária, notificados a Secretaria Estadual, sendo tratados como casos de suspeita de Dengue.
“O aumento na quantidade de paciente é bem expressivo. Eles apresentam febre, dores de cabeça, dor nas pernas, vomito e em algumas vezes, problemas de pressão baixa. São inúmeras as viroses que tem esses mesmos sintomas” – disse.
Segundo Edvânia, o município ainda não tem casos clinicamente confirmados de Zika ou de Febre Chikungunya, mas a secretária citou que a qualidade da água que chega a Toritama pode ter contribuído para o surto.
“Essas viroses, não é só a minha opinião, mas de outros profissionais de saúde, é que o que vem a suspeita maior está relacionada a qualidade da água que estamos recebendo. A procura é muito grande, mas essa água que está vindo é, muitas vezes, sem tratamento… Não se sabe de onde ela vem. Muita gente usa água que a gente não sabe de onde vem a procedência, usa para tomar banho e outras coisas. A água sem tratar é o motivo maior para essa quantidade de viroses” – disse.
Ainda segundo ela, mesmo com a falta do larvicida que é fornecido pelo Governo Federal, o município tem conseguido diminuir a infestação do mosquito Aedes aegypti, tido como principal vetor do surto nas outras cidades já citadas em reportagens anteriores.
Uma das dificuldades enfrentadas na Capital do Jeans é a pouca quantidade de médicos para atender a crescente demanda.
Além de pacientes de Toritama, pessoas de outros municípios como Taquaritinga, Vertentes e Caruaru também buscam a unidade hospitalar.
Conversamos com um dos dois médicos plantonista do dia do município. Dr. Giraldo Torres nos falou sobre uma série de falhas que, segundo ele, contribuem para o surto aconteça.
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“Para não existir esse surto, é preciso que se tenha um controle apropriado. Primeiro é o saneamento, que gera esse controle apropriado ao mosquito e não é complicado de se fazer. Por outro lado, falta informação aos pacientes. Eles procuram o hospital achando que aqui vai ter uma cura ou nem sabendo o que é que eles estão tendo. Quem conhece, quem sabe da doença, sabe que não há uma coisa diferente para fazer como controlar a febre, as dores e manter a hidratação. Não existe um tratamento diferente e, se não existe complicações, esse tratamento pode ser feito em casa” – disse.
Dr. Giraldo alertou também que crianças menores de cinco anos, gestantes e idosos necessitam de atenção redobrada.
Segundo ele, são esses dois grupos os mais propensos a sentir os efeitos dos sintomas vistos com o surto.
“Se não conseguirem controlar a febre ou a hidratação no domicílio, esses doentes devem procurar atendimento na urgência mesmo para serem avaliados, ser administrada a medicação e se ter o controle apropriado” – frisou.
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Na rua da dona de casa, identificada por Ana, quase todos os moradores já foram acometidos pelo surto.
Para sintetizar o panorama do surto em Toritama, coletamos o depoimento de uma mãe, que esteve com seus três filhos no Hospital Municipal em busca de atendimento.
Escolhemos a dona de casa, identificada por Ana, que reside no bairro Independente, periferia do município, que falou sobre como está a rua em que reside.
“Até agora os meus três filhos foram afetados. Eles tem febre e dor no corpo. Na minha casa, apenas eu e o pai deles não estamos doentes e na minha rua, só faltava apenas a minha casa.” – disse.
11
novembro
Acusado de assassinar “Amós do Bar” é preso em Toritama
Policiais Civis da 3ª Divisão de Homicídios e Malhas da Lei da 14ª DESEC, receberam informações de que no município de Toritama, estaria um foragido da justiça.
Os policiais se deslocaram até a Capital do Jeans e deram cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra José Alex da Silva Coelho (22 anos). Ele é acusado de ter assassinado o comerciante Amós da Silva Barbosa, em 21 de fevereiro de 2015, (relembre o caso clicando AQUI).
De acordo com as informações da polícia, o motivo do homicídio teria sido porque “Amós do Bar” impediu que o acusado entrasse no seu estabelecimento com drogas e, então José Alex teria resolvido executar a vítima.
10
novembro
Segunda reportagem da série “Surto de virose”
Enquanto sede não foi atingida pelo surto, distrito de São Domingos vivencia superlotação de pessoas em busca de atendimento feito por apenas um médico plantonista – Fotos: Thonny Hill
Continuando a nossa série de reportagens sobre o surto de virose que acomete cidades da região, a equipe formada por integrantes da rádio Polo FM e Blog do Ney Lima foi, desta vez, para o município de Brejo da Madre de Deus.
A cidade, com população estimada em pouco mais de 45 mil habitantes de acordo com o IBGE, vivencia lados opostos da epidemia que assola mais de 100 municípios no Estado.
Se de um lado a cidade sede e alguns de seus distritos como Fazenda Nova e Barra de Farias não enfrentam o surto, por outro lado São Domingos padece em meio a corredores lotados de doentes em busca do atendimento de um único médico plantonista na policlínica do distrito.
Visitamos na segunda-feira (09) a UPA Mestre Camarão, principal unidade de atendimento na cidade-sede de Brejo da Madre de Deus.
O que se viu é que o local está longe da realidade de corredores lotados de pessoas doentes. Conversamos com a diretora da unidade, Lucinalva Silva, que revelou que o município não possui casos confirmados ou notificados do surto.
“Dentro da cidade, não temos casos confirmados ou notificados. Temos as viroses normais, que temos atendido, mas nada que fuja do nosso controle. Todos os atendimentos estão normais e nada que seja notificado como Dengue ou Chikungunya, graças a Deus” – disse.
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Ainda de acordo com a diretora, campanhas sistemáticas de conscientização tem sido realizadas por profissionais da Vigilância de Saúde além de que, segundo ela, quando chegam casos parecidos com o do surto, são feitos exames de sangue para detecção.
Já no distrito de São Domingos, que é separado da cidade de Santa Cruz do Capibaribe (que também enfrenta o surto) apenas por uma ponte, o surto de virose acomete boa parte da população local.
Para se ter uma ideia, as primeiras horas da manhã desta terça-feira (10) foram de corredores lotados de pessoas doentes na policlínica do distrito e, pela falta de espaço a ala da recepção, algumas pessoas ficaram do lado de fora.
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A grande maioria delas apresentava sintomas de febre alta, inflamações nas articulações e inchaço em braços e pernas, dificuldade de se movimentar, dores de cabeça e também pelo corpo, além de manchas vermelhas.
De acordo com a diretora da unidade de saúde, Maria Aparecida, são registrados diariamente de 200 a 220 atendimentos por dia, sendo que a grande maioria deles são de pessoas com a virose.
“Antes, essa quantidade de atendimentos era de 60, no máximo. Faz mais de quatro semanas que isso vem acontecendo” – disse.
Questionada se a proximidade do distrito com o Rio Capibaribe pode ter contribuído com o surto, a diretora foi mais além, citando que a população local também tem a parcela de culpa no surto.
“Essa questão (da proximidade com o rio) é mais um agravante, fora a questão do pessoal de casa que, com certeza, tem água parada e lixo acumulado. Isso contribui para o que estamos passando no distrito” – disse.
De acordo com a diretora, apenas um único médico plantonista atua na policlínica por dia, número que ela admitiu ser insuficiente para a atual demanda de pacientes que procuram atendimento.
A diretora da unidade também citou que já solicitou para que mais profissionais de saúde sejam destinados, mas o que se viu é que os pedidos não foram atendidos pelo prefeito Dr. Edson Sousa (PTB).
“Um médico sozinho para 200 pessoas é insuficiente. Já enviamos ofício para o prefeito do município pedindo reforço da equipe, tanto de médicos como de enfermagem, para dar um melhor atendimento à população” – concluiu.
Coordenadora de Epidemiologia dava orientações sobre ações da campanha, que iniciou em frente a Policlínica
Ainda na manhã desta terça-feira, uma equipe formada com mais de 50 pessoas iniciou um mutirão de conscientização da população para tentar frear o surto em São Domingos.
De acordo com a coordenadora de epidemiologia do município, Silene Soares, algumas ações foram desempenhadas como a distribuição de panfletos com orientações sobre a virose e de como combater os focos do mosquito Aedes aegypti (principal transmissor da virose) e também a coleta de lixo e combate a focos em terrenos baldios.
Caminhões de lixo estão coletando materiais no distrito, enquanto profissionais da Secretaria de Saúde, de Obras e de Ação Social ministram orientações e visitas a residências.
A coordenadora também destacou a importância da cooperação da população para combater o surto.
“Quero falar na necessidade de que a Secretaria de Saúde precisa da ajuda da população para debelar esses focos (do mosquito transmissor) dentro das residências. Nossos profissionais foram capacitados e amanhã estaremos em Caruaru fazendo um treinamento para o manejo clínico dessas duas doenças, preparando esses profissionais para que eles tenham condições de atender bem, mas a participação da população é extremamente importante” – disse.
De acordo com ela, os trabalhos de coleta de lixo e combate aos focos serão intensificados até o fim do mês de novembro.
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Campanha contou com faixas, carro de som, entrega de panfletos e cartazes, além de coleta de lixo e visitas as residências
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Nossa equipe também entrevistou uma das milhares de pessoas que buscam atendimento semanal na policlínica e enfrentam longas horas na fila.
Trata-se da dona de casa Luciete Oliveira, que reside no distrito. De acordo com ela, os sintomas associados a virose começaram a aparecer ontem (09) e tanto ela como o esposo foram acometidos da doença, que também já atingiu praticamente a todos quem ela conhece.
“A maioria das pessoa (da minha rua) já teve (a doença). Estou a 40 minutos na fila e ontem o meu esposo falou que tinham mais de 200 pessoas aqui” – pontuou.
De acordo com relatos de alguns pacientes, a fila de espera em outros dias chegou a ultrapassar com facilidade mais de duas horas.
09
novembro
Jataúba: Hospital lotado e Chikungunya confirmada
Com corredores lotados de pacientes, casos de Chikungunya podem chegar até 100, mas falta de testes do Governo do Estado não permitem detalhes mais conclusivos – Fotos: Thonny Hill
Durante esta segunda-feira (09) a equipe com profissionais do Blog do Ney Lima e da rádio Polo FM esteve percorrendo hospitais de quatro cidades da região.
O objetivo é o de trazer um panorama do surto de virose, sendo que estes quatro que foram escolhidos (excluindo-se Santa Cruz do Capibaribe, que já teve reportagens realizadas por estes veículos) vivenciam condições peculiares perante o quadro de epidemia que atinge mais de 100 municípios do Estado.
Sobre o surto de virose, até agora não foi publicado, por parte do Governo do Estado, um estudo conclusivo sobre o que, de fato, pode estar afetando milhares de pessoas.
O que se sabe é que os casos notificados, em sua maioria, são tratados seguindo o protocolo adotado em suspeitas de dengue, mas vale ressaltar que, em uma dessas cidades, já há casos de Febre Chikungunya confirmados.
A primeira dessas cidades retratadas nesta série será o município de Jataúba. Confira!
Com uma população estimada em quase 16 mil habitantes segundo o IBGE, o município também é um dos que enfrenta a situação de epidemia de virose, fator que leva centenas de pessoas ao Hospital Municipal local.
De acordo com a Secretária de Saúde Anne Gabriele, até 240 atendimentos diários são registrados, sendo que mais de 80% dos casos são associados ao surto de virose.
Entre esses sintomas mais destacados pelos pacientes são febre alta, dores pelo corpo e articulações, inchaço nos membros superiores e inferiores, dores de cabeça, diarreia, enjoo, manchas vermelhas e coceira.
De acordo com a secretária, o surto começou a ser percebido em Jataúba a partir do mês de agosto e se intensificou a partir do mês de setembro, fator este que tem crescido, segundo ela, com a chegada de pacientes vindos de outras cidades, entre elas cinco do estado da Paraíba.
O Hospital Público do município trabalha com apenas um único médico plantonista 24 horas, excluindo-se aqui os médicos de outras especialidades que realizam consultas seguindo calendários específicos.
O tempo de espera de cada paciente na fila pode ultrapassar, facilmente, mais de duas horas em horários de grande movimento.
“O plantão daqui é muito pesado, mas nós não precisamos fechar plantão. Eles (os profissionais do hospital) estão conseguindo, na medida do possível, dar conta da nossa quantidade de atendimentos”.
Durante a entrevista, Anne revelou um dado agravante sobre a situação de descaso por parte do Governo Estadual.
Segundo ela, apenas quatro testes de sorologia, que detectam que doença assola o paciente, são liberados por semana e que o município, ao ter acesso ao resultado desses testes, confirmou a presença da Febre Chikungunya.
“O estado de Pernambuco só libera quatro sorologias para Dengue e Chikungunya para o estado inteiro, por semana. Nós conseguimos quatro sorologias logo no início e, em duas delas, deu positivo para Chikungunya. Estamos trabalhando aqui, junto com os médicos da unidade e o município como um todo na tentativa de combater o (mosquito) Aedes Aegypti, que é o vetor transmissor. Ele pode estar transmitindo os dois ou mais vírus de uma vez” – disse.
Mesmo com a confirmação dos casos, a secretária alertou que não há necessidade de pânico por parte da população, muito embora ela alerte que o município pode chegar a ter até 100 casos da doença.
Ainda durante a entrevista, Anne revelou que o Governo Federal não tem repassado o larvicida usado pelos agentes de endemias do município para o combate as larvas do mosquito.
Segundo ela, há três meses que o repasse não é feito, fator que, segundo ela, é um dos principais para que o surto de virose tenha acontecido.
“Todos os municípios do estado estão sem o larvicida, fator que ocasionou tudo isso; esse aumento nos casos de Dengue e de Chikungunya, que era uma coisa que não estávamos preparados para estar trabalhando. De sexta-feira (06) até hoje, estamos com 532 atendimentos, coisa de 400 desse aí são de virose” – pontuou.
Outro fato destacado pela secretária é a quantidade de Agentes de Controle de Endemias (ACE). Segundo Anne, o município conta apenas com seis deles, número que a mesma admite como sendo insuficiente.
“Recentemente, eu fui para uma reunião com o Secretária Estadual de Saúde para solicitar mais apoio. Estamos com a UBV pesada (máquina de fumacê acoplada a veículo) com dois técnicos do estado e eles ficaram de encaminhar mais dois técnicos para ajudar no bloqueio aos focos positivos de (mosquito) Aedes” – pontuou.
A secretária também citou que a população também tem que auxiliar a fazer o seu papel, que é de auxiliar no combate aos focos do mosquito transmissor, evitando os focos de água parada.
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Pacientes de outras cidades (a exemplo de Santa Cruz do Capibaribe) e do vizinho estado da Paraíba são vistos no município a procura de atendimento médico
A Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue e seu modo de transmissão mais comum é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado.
Possui sintomas como febre, mal-estar, dores pelo corpo e de cabeça, apatia e cansaço. Possui grande diferença em relação a Zika Vírus e a Dengue devido a sua forma de acometimento nas articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.
Os grupos de maior risco são pacientes muito jovens e também idosos, que são mais propensos a manifestações graves da doença. Além da idade, a junção com outras doenças pode levar a morte. Em pessoas com mais de 65 anos, podem ter a taxa de mortalidade elevada em até 50 vezes quando comparados a adultos com menos de 45 anos.
Como ainda não existe medicação contra o vírus, o tratamento é feito apenas para aliviar os sintomas, além da ingestão de bastante líquido e repouso.
A detecção é feita através de vários exames, sendo um dos mais eficazes o exame de sorologia, com coleta de sangue.
06
novembro
Moisés do Forró Fest morre na zona rural do Brejo
O empresário da antiga casa de shows Forró Fest, Moisés Nascimento Andrade, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (06), em um sítio de sua propriedade no povoado Ingá, zona rural de Brejo da Madre de Deus.
De acordo com informações da família, provavelmente ele foi vítima de choque elétrico ao manusear uma bomba d´agua, já que durante a noite de ontem (05) ele teria afirmado a esposa por telefone que ira desligar o equipamento, que fica as margens de um pequeno barreiro. Após o contato Moisés não retornou para casa e nem atendeu as tentativas de contato da família.
Pela madrugada, familiares tentaram encontrar Moisés no sítio, mas só durante a manhã de hoje o corpo da vítima foi localizado no barreiro, onde a bomba d’água está instalada.
Moisés do Nascimento Andrade tinha 45 anos e deixa cinco filhos. Ele residia na Rua Beringue, Bairro Dona Dom, em Santa Cruz do Capibaribe.